Estado Assassino: Mangueira prepara desfile de 2020
Uma drag queen como Maria Madalena. Uma mulher negra, a mãe de Cristo. Leandro Vieira, carnavalesco da Estação Primeira de Mangueira no Rio de Janeiro, revela em suas redes sociais os bastidores chocantes do que poderemos conferir na Sapucaí em 2020.
Uma drag queen como Maria Madalena. Uma mulher negra, a mãe de Cristo. Leandro Vieira, carnavalesco da Estação Primeira de Mangueira no Rio de Janeiro, revela em suas redes sociais os bastidores chocantes do que poderemos conferir na Sapucaí em 2020. A escola busca o bi-campeonato com o enredo “A verdade vos fará livre”, também de Leandro Vieira. Neste ano, Mangueira foi a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, com o enredo “História para Ninar Gente Grande”, levando à Sapucaí o legado de Marielle Franco, dos negros, indígenas e outras histórias que estão fora das narrativas oficiais.
“O Cristo de dois mil anos atrás é posto na situação do Brasil de dois mil anos depois. O Cristo que nasceu numa família pobre da Galiléia, nasce agora numa família pobre do Morro de Mangueira”, revela Leandro ao postar a foto com fantasia de “Maria das Dores Brasil”, a “tradução da mãe do Cristo ‘original’ mas também, uma extensão do sofrimento de milhares de outras mães nas periferias brasileiras que tiveram filhos vítimas de políticas públicas de violência e despreparo”.
Sobre Maria Madalena drag queen, Leandro dispara: “Quando a figura histórica de Maria Madalena ganha contornos estéticos associados a estética LGBT a conscientização sobre os crimes de ódio contra uma população que sofre na pele com a violência dos mecanismos ideológicos e repressivos passa a ser um dado artístico que leva ao debate dos direitos da minorias e de pautas que muitos pretendem tornar vazias”.
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