Especial mês do Orgulho

Aproveitando o mês do orgulho LGBT, a Cine NINJA amplia seu circuito de formação e oferece agora uma série de oficinas especiais para pessoas LGBTQIAPN+ com o objetivo de compartilhar e ensinar sobre todo processo de realização de um produto audiovisual.

Em três encontros online e gratuitos, o diretor, roteirista e produtor André da Costa Pinto irá compartilhar experiências e conhecimento de todo o processo, da pré à pós produção, levando em consideração desde a formatação do projeto e os recursos disponíveis juntamente com as questões burocráticas até a construção do roteiro que se encaixe dentro dessas demandas.

A ideia é tornar os processos de realização fílmica acessíveis, principalmente para realização dentro de casa, nos quintais e na vida cotidiana.

Plantando um filme no quintal

Modos alternativos de produção e realização audiovisual


“Um dia quando resolvi fazer filmes, minha avó que era artista, me disse apontar a câmera e o microfone para meu quintal, ninguém mais do que eu teria domínio para falar sobre tudo que acontece ali. Acreditei e hoje tenho uma lavoura perene que dá frutos o ano todo”.

O intuito dessa oficina é aprender sobre todo processo de realização de um produto audiovisual: pré-produção, produção, pós-produção para realização de um filme, levando em consideração desde a formatação do projeto e os recursos disponíveis juntamente com as questões burocráticas até a construção do roteiro que se encaixe dentro dessas demandas.

Entendendo os meios possíveis de produção, partiremos para a ideia do argumento e como codificá-la no roteiro que será transformado em obra. Na fase seguinte, estudaremos processos de decupagem desse roteiro, elaboração de tabelas de produção e arte, equipamentos disponíveis para captação de imagem e som, e linguagem narrativa para montagem.

Estruturada a obra entenderemos formas e formatação de projeto para captação de recursos, o conceito de agentes multiplicadores de cultura em um grupo ou comunidades para auxiliarem no desenvolvimento da obra no local, além de discutir janelas de exibição.

A ideia é tornar os processos de realização fílmica acessíveis, principalmente para realização dentro de casa, nos quintais e na vida cotidiana, porém atentando para todas as questões burocráticas (autorizações de imagem e som, contratos, utilização de trilhas, locações, etc), questões técnicas (captação de imagem, som, montagem) e codificação da ideia em narrativa (como transformar uma ideia em roteiro literário e depois em imagens e sons) de forma que a obra possa circular por diversas plataformas.

Além de apostilas e exercícios práticos, trabalharemos com bibliografias, apostilas, dinâmicas e filmes de curta-metragem produzidos em diversos formatos.

No decorrer das aulas os alunos desenvolverão argumentos, após o desenvolvimento desses argumentos realizarão, quem sabe, filmes nos seus quintais.

André da Costa Pinto

Diretor, roteirista, produtor e mestrando em cinema para UFF. Roteirizou, produziu e dirigiu cinco longas –metragens: “Tudo que Deus Criou” (ficção, 2012 – distribuição Pipa Filmes), “Antes do Parto” (ficção, experimental 2016), “O Tempo feliz que passou”(ficção, 2016), Ratoeira (ficção – 2018 – ainda inédito), Madame (documentário 2019 – distribuição Globo Filmes). Atualmente ministra oficinas de formação de atores para vídeo. Idealizou e Coordenou os projetos de formação audiovisual: Por Telas – projeto pioneiro de audiovisual em Escolas de Samba do grupo especial do Rio de Janeiro; Audiotransvisual – Voltado exclusivamente para formação de pessoas trans; Cinema Leva Eu – em parceria com o Instituto Zeca Pagodinho e a Escola Brasileira de Audiovisual. Idealizou e coordenou o Comunicurtas – Festival Audiovisual de Campina Grande. Também idealizou, fundou e lecionou nos cursos de Formação de Atores para Cinema e TV e Formação de Produtores Audiovisuais, ambos ligados à Universidade Estadual da Paraíba. Participou da produção de mais de 40 curtas. Soma mais de 18 prêmios em Festivais Nacionais e Internacionais. Foi um dos selecionados pelo projeto Revelando os Brasis promovido pela Secretaria do Audiovisual – Ministério da Cultura, o qual mais tarde também tornou-se professor.