Erika Hilton e Duda Salabert se destacam como lideranças políticas em lista da Revista Time
As parlamentares foram reconhecidas pela ‘TIME 100 Next’ deste ano, por não deixarem que a realidade de violência e transfobia do Brasil “limitem suas aspirações legislativas”
As parlamentares foram reconhecidas pela ‘TIME 100 Next’ deste ano, por não deixarem que a realidade de violência e transfobia do Brasil “limitem suas aspirações legislativas”
Por Rod Gomes
As parlamentares Erika Hilton e Duda Salabert se destacaram como uma das 100 personalidades mundiais de maior impacto social para as futuras gerações da revista Time. Abrilhantando a lista “TIME 100 Next” deste ano, as primeiras deputadas federais transgênero do Brasil, ganharam os holofotes em uma categoria voltada para lideranças internacionais, por inspirarem o mundo com suas lutas na política.
“É com muito orgulho que pela segunda vez faço parte da lista Time 100 de novas lideranças escolhidas pelo impacto na formação do futuro”, disse Erika Hilton em suas redes sociais.
A deputada que aparece pela segunda vez na lista da revista Time, ganhou destaque por ser autora de um projeto de lei que propõe a aplicação de cotas para pessoas trans e travestis em universidades públicas. “É uma honra e uma responsabilidade fazer parte desse novo imaginário que representa a mudança na sociedade e na representação política”, completou Erika.
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Se destacando por abordar questões como o direito a moradia e ao transporte público e de qualidade, Duda Salabert relembrou o histórico de preconceito e de perspectiva de vida de pessoas transgênero no Brasil. “Ser uma Travesti no Brasil significa ter uma expectativa de vida muito menor do que a média. Significa ter a prostituição, na maioria dos casos, forma única de renda. Significa ser alvo de preconceito todo dia. Estamos na luta para ressignificar tudo isso a cada dia e dizer ao mundo que existimos, somos humanas e merecemos dignidade”, escreveu a parlamentar em suas redes.
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Na publicação da revista Time, as parlamentares foram reconhecidas por não deixarem que a realidade de violência e transfobia do Brasil, “limite suas aspirações legislativas”. Além de Duda e Erika, a ativista indígena brasileira Txai Suruí, foi destaque na categoria “defensores”, se destacando por seu discurso na COP26 de 2021 em Glasgow, na Escócia.
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