A qualidade do ar em São Paulo tem se tornado uma preocupação crescente, colocando a cidade entre as mais poluídas do mundo. A situação se agrava com as condições climáticas extremas, como o alerta de risco elevado para incêndios renovado pela Defesa Civil até o dia 10 de setembro. O cenário é impulsionado pelas altas temperaturas e baixa umidade, criando um ambiente propício para o acúmulo de poluentes na atmosfera.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as temperaturas na capital paulista devem atingir 33 graus Celsius, enquanto a umidade relativa do ar pode cair para níveis críticos, abaixo de 35%. Essas condições não apenas aumentam o risco de incêndios, mas também pioram a qualidade do ar, que já está comprometida. No último boletim da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), dez das 22 estações de monitoramento registraram qualidade do ar “muito ruim”, e outras dez indicaram “ruim”, evidenciando o estado alarmante da poluição.

Uma das principais responsáveis por esse cenário é a concentração de Partículas Inaláveis Finas (MP2,5), especialmente na região da Ponte dos Remédios, na Marginal do Tietê, onde a qualidade do ar é uma das piores da cidade. Essas partículas minúsculas, provenientes principalmente da queima de combustíveis e incêndios, são capazes de penetrar profundamente no sistema respiratório, aumentando os riscos de doenças cardíacas e pulmonares, e agravando problemas de saúde pública.

Especialistas alertam para os cuidados essenciais diante deste cenário crítico: a hidratação constante, o uso de soro fisiológico nos olhos e nariz, além da recomendação de evitar atividades físicas ao ar livre durante os períodos mais quentes do dia.

Com o agravamento das mudanças climáticas e a contínua emissão de poluentes, São Paulo enfrenta um futuro desafiador em relação à qualidade do ar, tornando urgente a adoção de políticas ambientais mais rigorosas para mitigar os efeitos da poluição na saúde da população.