Empresas continuam a coagir funcionários por votos em Bolsonaro
Mesmo após ampla repercussão contra a rede Havan, outras empresas já foram denunciadas coagindo funcionários ilegalmente. MPT registra 155 casos.
Não para de crescer o número de empresas que ainda pressionam seus funcionários a votar em Bolsonaro. A prática é ilegal e deve ser denunciada no Ministério Público do Trabalho (MPT).
O caso das lojas Havan teve repercussão mundial depois da difusão de um vídeo de bastante impacto em que Luciano Hang, proprietário da loja, coage funcionários de forma constrangedora. O MPT apresentou um procedimento de tutela antecipada em caráter antecedente para que Hang, seja multado em R$ 1 milhão caso volte pressionar seus empregados.
Contudo, a denúncia contra as lojas Havan se soma a outras 154, apuradas até a última semana. Todas as empresas denunciadas podem ser alvo de ação civil pública. Mesmo que a empresa, direta ou indiretamente sugira o voto a seu candidato, ela pode ser denunciada, inclusive por danos morais.
O MPT não divulgou para qual candidato as denúncia de coação de voto estão sendo feitas. Contudo, buscando todas as empresas que foram divulgadas, é fácil encontrar a correlação delas com o candidato Jair Bolsonaro, como a Tabacos Ditália, Móveis Kappesberg, lojas Kyly e as redes Condor.
A maioria dessas empresas se situam na região Sul, como é o caso das três citadas acima. A região abrange um total de 77% das denúncias.