Embarcação afunda na Ilha de Cotijuba, no Pará, deixando 18 mortos
O barco tipo lancha não tinha permissão para transporte intermunicipal de pessoas, e as buscas pelo condutor, que sobreviveu, seguem no Pará
Uma tragédia aconteceu nessa quinta-feira, 8, próximo a Ilha de Cotijuba, em Belém, capital do Pará. Uma embarcação que realizava transporte intermunicipal naufragou, deixando 18 pessoas mortas e 65 resgatadas, de acordo com informações do Governo do Pará. Muitos sobreviventes foram resgatados por outras embarcações que passavam no local, e informaram que algumas pessoas ficaram presas no interior do barco. Em vídeo que circula nas redes sociais, um passageiro filma o motor do barco com água até a metade, e diz que está afundando.
A embarcação levava ao menos 83 pessoas e não possuía autorização para transporte intermunicipal de passageiros. Os passageiros vinham dos municípios de Cachoeira do Arari e Salvaterra, no arquipélago do Marajó, de acordo com informações do G1.
A busca por desaparecidos continuou até de noite, envolvendo mergulhadores, nove embarcações e um helicóptero, e segue na manhã de sábado, 10, realizada pela Marinha e Corpo de Bombeiros Militar. A lancha pertencia a empresa M. Souza Navegação, que já havia sido notificada pela Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa) por operar sem autorização. O homem responsável pela embarcação, Marcos de Souza Oliveira, sobreviveu e é procurado pela Polícia Civil do Pará. A causa do naufrágio ainda não foi informada pelas autoridades, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) informou em nota que “irá instaurar Inquérito Administrativo para apurar as possíveis causas e responsáveis pelo ocorrido.”
O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, decretou luto de 3 dias na cidade após o desastre. As buscas seguem com 12 mergulhadores, 6 embarcações do Corpo de Bombeiros Militar e apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. O o secretário de Segurança Pública do Estado do Pará, Ualame Machado, informou que por ainda não existir um mandado de prisão emitido contra Marcos de Souza Oliveira, o condutor da embarcação não é considerado foragido. “Vale ressaltar que dentro do inquérito policial estão várias medidas foram solicitadas pela Polícia Civil e estão sendo adotadas. Não há o descarte de medidas mais rígidas contra ele se necessário”, afirmou Ualame.