Estudantes da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, ocuparam a sede do Hamilton Hall, um local emblemático de protestos estudantis por direitos civis e contra o racismo em 1968, e ergueram uma faixa com os dizeres “Hind’s Hall” no andar superior. Hind é o nome de uma criança palestina morta nos bombardeios de Israel em Gaza.

Os manifestantes atribuem à Universidade de Columbia a causa da morte de Hind, por meio dos investimentos na indústria de armas em Israel, realizados em parceria com a universidade. Os estudantes se somam a milhares espalhados em todo os Estados Unidos, em universidades como Yale e Harvard, por exemplo. Todos eles pedem o fim do massacre contra palestinos, e que as universidades deixem de investir em Israel.

De acordo com as Nações Unidas, mais de 35 mil palestinos foram assassinados pela ocupação israelense desde outubro de 2023. A maioria das vítimas são crianças e mulheres. Cerca de 1,5 milhão de palestinos estão à beira da fome, já que Israel não permite entrada de ajuda humanitária em quantidade suficiente.

A ocupação não se limitou ao interior do prédio. Do lado de fora, outros ativistas bloquearam as portas com mesas e formaram barricadas com os braços. Os policiais da cidade de Nova York se posicionam do lado de fora dos portões da universidade.

Cerca de três horas após o início da ocupação, a universidade emitiu um comunicado restringindo o acesso ao campus apenas para alunos que residem nos prédios da universidade e funcionários essenciais. Essa medida foi anunciada como uma medida de segurança, enquanto a situação continuava tensa.

O presidente da Universidade de Columbia, Nemat Minouche Shafik, enfrentou críticas por sua posição em relação aos protestos. Enquanto os manifestantes exigiam desinvestimento em Israel e transparência financeira, Shafik ofereceu investimentos em saúde e educação em Gaza, além de prometer tornar mais transparentes os investimentos diretos da universidade.

Essa escalada de protestos não se limita à Universidade de Columbia. De costa a costa, em campi como Cal Poly Humboldt, Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, e Universidade do Texas em Austin, confrontos entre manifestantes pró-Palestina e autoridades têm sido cada vez mais comuns.

Mais de 1.200 prisões foram feitas até agora relacionadas a protestos pró-Palestina e acampamentos em campi universitários em todo o país, de acordo com uma contagem da NBC News.