Por Rachel Motta Cardoso e Cleizer Maciel

O segundo duelo das oitavas de final se dá com o confronto entre Argentina e Austrália. As duas seleções vieram de somatórios semelhantes em seus grupos, com duas vitórias e uma derrota na estreia. No entanto, pela tradição em mundiais e técnica de jogadores, os hermanos levam vantagem sobre os socceroos. Visando mudar essa história, o técnico Graham Arnold surpreende e escala o seu time em um esquema diferente do 4-5-1 e adota um mais ofensivo, o 4-4-2. Scaloni manteve sua fórmula, que vem dando certo até o momento, com um 4-3-3 e a dupla do River Plate que mudou a cara do time: Álvarez e Fernández. A partida marca também a milésima da carreira profissional do craque argentino, Lionel Messi!

O que vimos no primeiro tempo foi um time australiano com muita disciplina tática, mantendo as suas três linhas e fechando bastante os espaços de criação dos argentinos. Até os 20 minutos, nenhuma das equipes havia chutado ao gol ainda. Mas, a Argentina tem Messi! Foi justamente com ele que Behic, o lateral esquerdo australiano, decidiu se estranhar na extremidade do campo. Messi o ignora e responde, poucos minutos depois, com um gol que é sua marca: um ‘tapinha” com seu pé esquerdo, abrindo o placar e deixando os hermanos em vantagem. Graham Arnold teria o dissabor em ver a Austrália ser eliminada para os argentinos de novo? Se como jogador não foi possível, a chance seria agora como treinador e um segundo tempo “ousado” poderia tentar mudar o cenário.

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O segundo tempo começou praticamente do mesmo modo que encerrou a primeira etapa, com Argentina sendo pressionada e dando respostas seguras apostando na genialidade e chutes venenosos de Lionel Messi.
Os primeiros dez minutos da segunda etapa foram de total domínio da Argentina, na mesma pegada do primeiro tempo mas, esbarrando na forte marcação do combinado australiano. Esperando a Austrália sair para o jogo, os Hermanos apostaram muito na sua dupla pela lateral esquerda com campo, setor por onde as tentativas dos argentinos se mostravam mais eficazes.

A Austrália seguia se defendendo bem resistindo às pressões da Argentina até que em um vacilo do goleiro Ryan, que tentou sair jogando com os pés ao receber uma bola na fogueira, a bola sobrou nos pés de Alvarez que aumentou o placar fazendo o segundo gol. Deu um passo gigantesco para avançar na competição.

A partir daí, sem conseguir trocar três passes certos, o aumente do placar a favor da Argentina era só uma questão de tempo. Lautaro Martinez e TAgliafico entraram aos 25 do segundo tempo para reforçar o fôlego da seleção argentina e aumentar ainda mais a pressão para resolver a partida sem sustos. Mesmo assim, a Argentina só voltaria a chegar com perigo aos 30 minutos em chute que passou longe da meta do arqueiro Ryan. A reposta australiana veio logo na sequência com o chute de Goodwin, aos 32 minutos, que desviou e acertou o gol da Argentina. O gol dos australianos fez a equipe voltar a sonhar. E o gol de empate quase veio aos 35 em bela jogada do lateral Behich.

A chance de matar a partida foi de Lautaro Martins que, depois de receber um passe de Messi, aos 42 do segundo tempo, e outro nos descontos, desperdiçou a chance. Pressão total no fim da partida com Messi e Lautaro Martins perdendo uma chance atrás da outra. A Argentina venceu com superioridade facilidade. Agora, Argentina enfrenta a Holanda na próxima sexta-feira em um dos maiores clássicos do futebol mundial e uma reedição da final da Copa de 78.

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Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube