Greta declarou-se inocente, alegando que sua atitude se deu por uma necessidade maior: o clima

Foto: Reuters

Greta Thunberg compareceu a um tribunal nesta segunda-feira (24) para responder à acusação de desobedecer à polícia durante um protesto realizado no sul da Suécia no mês passado. A ativista climática foi considerada culpada e condenada a pagar uma multa de 1.500 coroas suecas (cerca de US$ 144 dólares ou R$ 687 na cotação atual).

O protesto foi organizado pela ONG ambientalista “Peça o Futuro” (Ta Tillbaka Framtiden, em tradução livre), cujos militantes realizaram uma manifestação bloqueando a entrada e a saída do porto de Malmö. O motivo da ação foi protestar contra o uso de combustíveis fósseis, alinhado com os esforços globais em combater as mudanças climáticas, que já fez julho entrar para a história como o mês com as maiores temperaturas.

Ao comparecer ao tribunal, Greta Thunberg não negou sua participação no protesto e admitiu ter desobedecido às ordens da polícia. No entanto, a ativista declarou-se inocente, alegando que sua atitude se deu por uma necessidade maior, uma vez que defende a causa ambiental e a urgência de medidas mais enérgicas para combater os efeitos devastadores das mudanças climáticas.

A primeira semana de julho de 2023 ficou marcada na história do clima da Terra como um momento preocupante e alarmante. Por três vezes consecutivas, os recordes de temperatura média global foram quebrados, apontando para um aquecimento planetário excepcional. Os dados divulgados são do Instituto de Mudança Climática da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. A Organização das Nações Unidas emitiu um comunicado afirmando que ‘as mudanças climáticas estão fora de controle’.

Greta Thunberg, que se tornou conhecida mundialmente por inspirar um movimento jovem global em prol do meio ambiente, começou seus protestos semanais em frente ao Parlamento sueco em 2018, clamando por ações mais efetivas para combater as mudanças climáticas.

Após a divulgação da sentença, Greta Thunberg emitiu um comunicado reiterando sua convicção na luta pela causa climática e destacando que a decisão do tribunal não abalará sua determinação em continuar buscando soluções para a crise ambiental.

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