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O Centro de Tecnologia Alternativa (CTA) foi fundado em 1992 por lavradores do Vale do Guaporé, região próxima a Pontes e Lacerda, em Mato Grosso, para pensar um modelo alternativo e diversificado que pudesse enfrentar o processo avançado de pecuarização que vinha ocorrendo na região. Com a necessidade de criar um espaço onde os agricultores pudessem se reunir, foi comprada uma chácara, onde hoje é a sede do CTA, em Pontes e Lacerda.

Rodeada por uma mata verde de fauna e flora nativas do Cerrado, a sede é lugar, também, da Reserva Florestal Murilo Pinto, em homenagem a um dos sócios da organização. O cenário ao redor, no entanto, é uma imagem viva do que vem ocorrendo no Cerrado, na Amazônia e no Pantanal. Grandes extensões de soja e pecuária distoam da paisagem de vegetação densa que circunda as construções do centro.

Foto: Maria Vitória de Moura

Hoje, em parceria com organizações locais, nacionais e internacionais, o CTA desenvolve cerca de 13 projetos, cujos principais eixos de desenvolvimento são: produção agroecológica, agregação de valor (como práticas de processamento) e acesso a mercado. O centro conta com a produção de mudas, como coco-anão e acerola, além de possuir uma agroindústria equipada e preparada para processar as matérias primas da agricultura.

Como uma forma de buscar mercados para os produtos do CTA e das organizações parceiras, como associações e organizações da agricultura familiar da região, que produzem mel, biscoitos de mesocarpo de babaçu e outros alimentos com matérias primas típicas do Pantanal, Cerrado e Amazônia, surge, em 2018, a Rota Caminhos da Agroecologia.

Em busca dessa expansão, os organizadores da rota criaram uma plataforma online onde os alimentos e produtos ficam disponibilizados para que os consumidores, em grande maioria das cidades, façam os pedidos, que serão entregues pelo caminhão da rota nas cidades entre Pontes e Lacerda e Cuiabá, capital do estado. A plataforma pode ser acessada nesse link, que também está disponível na bio do instagram do CTA (@cta_mt)

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Além disso, os alimentos da agricultura familiar também são entregues em escolas da região, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), enriquecendo o prato das escolas com alimentos agroecológicos, livres de veneno, e fortalecendo os agricultores da região.

Para saber mais sobre a rota acesse o site ctamt.org.br