Em Manaus, mais dois indígenas morrem após contrair coronavírus
Vítimas são um homem do povo Tikuna, de 78 anos, e de uma mulher do povo Kokama, de 44 anos. Ambos estavam na região do Alto Rio Solimões, onde há alto foco de contágio.
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado mais duas mortes de indígenas por coronavírus. Depois de uma senhora Borari em Alter do Chão, um adolescente Yanomami em Roraima, agora um homem do povo Tikuna, de 78 anos, e de uma mulher do povo Kokama, de 44 anos.
Ambos estavam na região do Alto Rio Solimões, onde há um foco de contágio. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e o Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões já confirmam seis casos nesta região do Amazonas.
O Distrito Indígena do Alto Solimões contabiliza seis casos da doença entre indígenas, sendo até agora o maior foco do país entre os nativos. A primeira confirmação de um indígena contaminado por coronavírus no Brasil foi da agente de saúde Suzane da Silva Pereira, de 20 anos. Ao que tudo indica ela pegou a doença do médico Matheus Feitosa, com quem trabalha atendendo as aldeias da região. Ele foi o primeiro caso do município de Santo Antônio do Içá, no sudoeste do Amazonas, onde a Kokama mora. Ela, por sua vez, contagiou mais três familiares com quem manteve contato: a mãe, de 39 anos; a filha Yara, de 1 ano e 10 meses; e o primo de quarto grau, de 37 anos, todos da etnia Kokama. Os exames do pai e do marido de Suzane deram negativo.