Em frente à empresa de Paulo Guedes, MTST protesta pela taxação dos super-ricos
Um exemplo emblemático é a arrecadação com os fundos fechados, que representaria cerca de 30% do financiamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”
Hoje, por volta das 9h da manhã, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) fez uma ação em frente à Legend Investimentos, uma das empresas de Paulo Guedes, ex-ministro da Economia do governo Bolsonaro e que possui offshores.
Uma questão de justiça tributária e a criação de oportunidades para milhões de brasileiros estão em debate no Congresso Nacional. Atualmente, cerca de 2,5 mil brasileiros investem em fundos exclusivos, representando uma parcela minúscula, 0,001% da população nacional. No entanto, juntos, esses investidores concentram impressionantes R$ 756,8 bilhões, sem pagar qualquer imposto sobre seus rendimentos.
O debate no Congresso gira em torno de duas iniciativas importantes: a taxação dos fundos fechados e a tributação sobre investimentos no exterior (offshore). Caso essas propostas sejam aprovadas, estima-se que o governo poderia arrecadar aproximadamente 54 bilhões de reais entre 2023 e 2026. Esses fundos poderiam ser destinados a projetos essenciais que impactam diretamente na vida da população, como a construção de mais de 1,2 milhão de casas, 160 mil creches e duas mil escolas.
Um exemplo emblemático é a arrecadação com os fundos fechados, que representaria cerca de 30% do financiamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Essa iniciativa, que visa fornecer habitação acessível para famílias de baixa renda, poderia se beneficiar consideravelmente da taxação dos investidores de alto patrimônio líquido.
O MTST argumenta que a taxação dos super-ricos é crucial para reduzir as desigualdades no país e é uma medida necessária e urgente. Atualmente, o modelo de pagamento de impostos coloca uma carga significativa sobre os ombros dos mais pobres, enquanto uma parcela mínima da população se beneficia da ausência de taxas sobre seus rendimentos bilionários. O MTST enfatiza que, para quem ganha bilhões, a taxação é uma questão de justiça.
Em um comunicado oficial, o MTST afirma: “Lutaremos para que o rendimento de poucos se torne casas para muitos!”. O movimento acredita que a taxação dos investidores de alto patrimônio líquido é o primeiro passo para a redução das desigualdades no país e é essencial para investir em serviços essenciais destinados à população.
O debate sobre a taxação dos investidores de fundos exclusivos está se tornando cada vez mais relevante no contexto atual à medida que se busca um sistema tributário mais equitativo e um investimento mais eficaz em projetos de benefício público. O MTST e outros grupos interessados estão mobilizados para garantir que essas propostas sejam discutidas e implementadas para o benefício de milhões de brasileiros em busca de moradia e educação de qualidade.
