Em escola pública no Pará, alunos mostram notas da redação do Enem, e agradecem professora
70% dos alunos da Escola Estadual Albanízia Lima, em Belém, têm notas acima de 700 na Redação
70% dos alunos da Escola Estadual Albanízia Lima, em Belém, têm notas acima de 700 na Redação
Os degraus da escada da Escola Estadual Albanízia de Oliveira Lima, em Belém, no Pará, foram escolhidos como o cenário para a comemoração dos alunos do ensino médio, após a divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nada menos do que 70% dos estudantes tiraram notas acima de 700 na redação do concurso. Uma bela conquista da comunidade escolar eternizada numa foto que viralizou nas redes sociais. Na imagem, os alunos exibem a pontuação feita na Redação em plaquinhas.
Os estudantes participaram de uma oficina pré-exame que foi elaborada pela professora Ione Franco. O projeto recebeu o nome “Construção e Reconstrução do Texto”, e foi apoiado pela direção da escola.
Uma das maiores notas – 960 na redação do Enem – foi da aluna Adrya Mancio, 18 anos, que sempre estudou na rede pública estadual e foi uma das monitoras do projeto ‘Construção e Reconstrução do Texto’, desenvolvido pela professora Ione Franco na unidade.
“A escola estadual sempre foi a minha casa. Se um trabalho público é feito com respeito, compromisso e esforço, dá muito certo. Nós somos exemplo disso e sinto muito orgulho, porque vi o quanto cada um se dedicou pra isso, tanto os professores, funcionários, como os alunos. Foi um trabalho em equipe. Muitos cursinhos particulares não têm uma atenção individualizada como a que recebemos no projeto e isso fez a diferença na nossa preparação”, afirmou a estudante Adrya Mancio.
A idealizadora do projeto, professora Ione Franco, especialista em abordagem textual pela Universidade Federal do Pará (UFPA), utiliza uma metodologia que trabalha o passo a passo da construção do texto dissertativo-argumentativo. Uma das estratégias da ‘Construção e Reconstrução do Texto’ é fazer com que o mesmo texto seja reescrito dezenas de vezes até o resultado final, para estimular o olhar crítico de cada aluno, individualmente.
“Quando vi as notas fiquei muito feliz por mim e meus amigos, porque fiz parte da construção das redações deles, como monitor da professora, então foi ainda mais especial pra mim”, ressalta o aluno Kaynan Mackayat, 18 anos.
Ele afirma que a preparação para a redação foi baseada na escrita e reescrita, com os alunos aprendendo a reconhecer os erros e reescrever várias vezes até chegar a um resultado excelente e dedica as notas apresentadas pelos alunos a esse método.