Em cinco meses de governo Lula, desmatamento na Mata Atlântica cai 42%
Redução pode estar relacionada à atuação mais efetiva da fiscalização e às mudanças na política ambiental
Entre janeiro e maio de 2023 foi registrado um expressivo declínio de 42% no desmatamento em comparação com o mesmo período do ano anterior. A perda de 12.166 hectares em 2022 deu lugar a 7.088 hectares desmatados neste ano. Essa diminuição representa uma importante vitória na luta pela conservação de um dos ecossistemas mais ameaçados do país. Os dados são Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica.
Queda acentuada nos estados com maior desmatamento em 2022
Os estados que apresentaram os maiores índices de desmatamento no ano passado foram os que mais se destacaram na redução de degradação florestal. Paraná lidera a lista, com uma queda de 54%, seguido por Minas Gerais (-47%), Santa Catarina (-46%) e Bahia (-43%). Esses resultados indicam que as medidas de controle e proteção ambiental implementadas nesses locais têm mostrado eficácia na contenção das atividades ilegais de desmatamento.
Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe apresentam aumento
Embora a notícia seja positiva em geral, algumas áreas ainda enfrentam um cenário preocupante. Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe registraram aumento no desmatamento durante o mesmo período. No entanto, é relevante mencionar que essas regiões respondem por menos de 12% do desmatamento total do bioma, como indicado pelo relatório do SAD Mata Atlântica.
Fiscalização e mudança de governo apontados como fatores determinantes
Para o coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa, a redução significativa do desmatamento pode estar relacionada a dois fatores principais: o aumento da fiscalização e a mudança de governo. Segundo Rosa, a fiscalização mais intensa realizada pelos estados e a mudança de postura no governo federal e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contribuíram para coibir atividades ilegais de desmatamento.
Além disso, restrições de crédito financeiro para propriedades envolvidas em desmatamentos não autorizados também podem ter influenciado positivamente na preservação da Mata Atlântica.