Foto: Mídia Ninja

Na manhã de hoje (17), cerca de dois mil jovens da Via Campesina realizaram uma marcha em Brasília (DF), que visa chamar atenção para pautas defendidas pela juventude camponesa, entre elas, a retomada do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), a contrariedade à aprovação do Marco Temporal, do PL do Veneno, do mercado de carbono no Congresso Nacional e a necessidade de ampliação do orçamento para políticas públicas ligadas à agricultura camponesa. 

Essas pautas compõem o documento “Plataforma da Juventude” que foi entregue ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que além dessas questões concretas, pauta a dimensão do fortalecimento da produção de alimentos saudáveis e o abastecimento, o direito à terra e território e a conquista de direitos sociais, como educação, cultura, crédito, entre outros. A Marcha pauta a permanência da juventude no campo, nas florestas e nas águas, combatendo a fome e a crise ambiental.

O ato teve início no Teatro Nacional e percorreu a Esplanada dos Ministérios. A marcha será a última ação pública do Acampamento Nacional “Juventude em Luta, por Terra e Soberania Popular”, que está instalado no Ginásio Nilson Nelson desde o último dia 13. Entre as organizações que participam do Acampamento, estão MST, MPA, MAB, MAM, MMC, PJR e Conaq.

“É o momento para dialogarmos com a sociedade sobre as pautas centrais para a juventude do campo, das águas e das florestas” explica Renata Menezes, da direção nacional do MST e militante da Via Campesina. Para Menezes, a ação também tem um caráter de denúncia. “Ajudamos a eleger este Governo, mas precisamos que medidas concretas para nossa juventude sejam efetivadas e isto passa também por barrarmos por projetos prejudiciais às famílias camponesas no Congresso Nacional”, destaca.

“Estamos em marcha, inaugurando uma jornada de lutas em torno da plataforma da Via Campesina, em torno de várias propostas concretas para elevar a qualidade das populações que vivem no campo, nas águas e nas florestas. Um dos objetivos dessa marcha é colocar na ordem do dia: reforma agrária, a água-ecologia, a educação enquanto uma bandeira fundamental (…) universidade popular camponesa, queremos o fim do fechamento das escolas no campo (…)”, explicou Nayara, integrante do MAM e Via Campesina.

 

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