Reprodução / Adele

Adele postou essa foto dela hoje para comemorar seu aniversário e assim as pessoas descobriram que ela era bonita. Engraçado, porque ela sempre atendeu a todos os padrões de beleza: branca, olhos claros, nariz fino, loira, cis, boca carnuda no tamanho aceitável… mas não era uma coisa: MAGRA. Por isso não era lida como “bonita”. Ela, clássica desse jeito, representava a quebra de padrões!

Ao longo de sua carreira a gordofobia atravessou sua vida de várias formas – Adele chegou a ter que pedir no começo da carreira pra não comentarem sobre o seu peso nas entrevistas, porque isso não interferia em sua voz. Quando engravidou, o comentário geral é de que não faria diferença, já que barriga de grávida não aparece em gente gorda.

Agora magra, metade pergunta se ela está deprimida, a outra a parabeniza perguntando qual foi sua dieta.

Mais uma vez, o peso de uma pessoa se tornou mais importante do que quem ela é. E adele não é qualquer uma: 120 milhões de discos vendidos, 15 Grammys vencidos, 18 Billboard Awards, 5 AMAs, 1 Oscar, 1 Globo de Ouro, além do álbum mais vendido na história do iTunes, uma história branca de sucesso.

Por aqui, eu fico pensando quantas meninas brancas vão ficar sem comer essa semana, porque afinal Adele finalmente foi aceita e elas também querem ser.

E quantas minas pretas tiveram certeza hoje de que nunca serão.
#Gordofobia #GordofobiaNãoÉPiada #Adele .

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Renata Souza

Abril Verde: mês dedicado a luta contra o racismo religioso

Jorgetânia Ferreira

Carta a Mani – sobre Davi, amor e patriarcado

Moara Saboia

Na defesa das estatais: A Luta pela Soberania Popular em Minas Gerais

Dríade Aguiar

'Rivais' mostra que tênis a três é bom

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

André Menezes

“O que me move são as utopias”, diz a multiartista Elisa Lucinda

Ivana Bentes

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos