Luiz Teixeira da Silva Junior, dono da clínica Mais Consulta, foi condenado pela Justiça Federal por falsificação de documentos em agosto de 2023. Ele foi acusado de apresentar um diploma de medicina e uma ata de colação de grau falsificados ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS), com o objetivo de obter o registro profissional. O Ministério Público Federal (MPF) havia denunciado Teixeira em 2017, mas o processo só foi retomado em 2019, após a localização de seu endereço. Ele foi condenado a 2 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto.

Pablo Marçal (PRTB) usou um documento da clínica Mais Consulta para acusar Guilherme Boulos, de ter passado por ali em janeiro de 2021. O Instagram chegou a derrubar a postagem no perfil que Marçal usa em que apreentava o documento falso. A secretária da clínica afirmou que o médico apontado no prontuário nunca trabalhou na clínica. Boulos pediu a prisão de Marçal. A legislação eleitoral prevê punições como a perda de mandato, caso eleito.

Diploma falso

Durante o processo de condenação de Teixeira, a Justiça constatou que o diploma apresentado ao CREMERS possuía erros graves, como o nome incorreto da faculdade e um domínio de internet inválido. Além disso, a ata de colação de grau foi adulterada para incluir o nome de Teixeira, suprimindo o de outra aluna. A defesa do acusado tentou alegar que ele havia sido representado por advogado não constituído, mas o juiz rejeitou o argumento, afirmando que as provas da falsificação eram indiscutíveis.

A sentença também revelou que Teixeira pagou R$ 27 mil a falsários para obter os documentos que utilizou na tentativa de enganar o CREMERS. Ele escolheu o registro no Rio Grande do Sul para dificultar a verificação das falsificações, uma vez que os certificados falsos teriam mais chances de ser identificados em São Paulo, onde atuava. Essa estratégia fazia parte de um plano para legitimar sua atuação como médico sem jamais ter cursado medicina.