Documentário faz um retrato do programa Mais Médicos no litoral potiguar
Os jornalistas André Neves Sampaio e Felipe Rousseaux de Campos Mello chamaram o fotógrafo José Vessoni para realizar o documentário Vem de Cuba, que busca desvendar o programa Mais Médicos, implantado pelo governo Dilma Rousseff em 2013. Para isso, decidiram acompanhar os dias de dois médicos cubanos que participam do programa, alocados na cidade de […]
Os jornalistas André Neves Sampaio e Felipe Rousseaux de Campos Mello chamaram o fotógrafo José Vessoni para realizar o documentário Vem de Cuba, que busca desvendar o programa Mais Médicos, implantado pelo governo Dilma Rousseff em 2013. Para isso, decidiram acompanhar os dias de dois médicos cubanos que participam do programa, alocados na cidade de São Miguel do Gostoso/RN, Raúl Hernadez e Marlon Marinho.
“Eu sempre fui muito intrigado com essa questão do Mais Médicos, porque tinham muitas opiniões diferentes sobre o tema. Depois que tive contato com um livro do Araquém Alcântara, que uma amiga me deu, me veio a vontade de fazer o filme”, conta André sobre como surgiu a ideia. O contato com os dois médicos que dão a toada do filme foi feito com a ajuda do cineasta Eugênio Puppo, diretor do filme Sem Pena. “A partir daí, juntamos todo o dinheiro que tínhamos. É um filme totalmente independente. Com apoio da editora Brasileiros (atual PáginaB!) e da Pousada dos Ponteiros”. A equipe de realização do filme foi composta apenas pelos três amigos, em dez dias de filmagem imersos no cotidiano médicos.
“Pra mim, é um programa essencial pra saúde brasileira. Ainda mais devido à quantidade de médicos que se dispõe a ir até áreas que carecem de atenção pra suprir essa demanda”, comenta.
Para Felipe, a maior descoberta e aprendizado proporcionados por esse trabalho foi ver que a discussão e o debate só têm caminho com profundidade e imersão no conceito que está sendo debatido. “Só tivemos a real dimensão do que é o trabalho de dois cubanos com uma comunidade que sofre por influência de religião, por pobreza, por baixo nível de educação, por doenças, enfim, por diversos motivos, porque conseguimos estar pelo menos dez dias com eles”, aponta Felipe e finaliza: “Conseguimos trazer um retrato fiel, acredito eu, de perto. Ou seja, trazendo essa vivência e podendo enriquecer esse debate”
A distribuição online e gratuita do filme foi feita, de acordo com André, por coerência com a ideia do filme: “por ter sido independente, por ter sido um filme que fizemos tudo junto na raça. Queremos trazer para todo mundo poder ver e contribuir com o debate sobre o programa, principalmente na conjuntura política e econômica lamentável que o país se encontra agora. Como diz o José [Vessoni]: é muito mais legal um filme em milhares de telas de televisões, computadores ou celulares do que em algumas telas de cinema”, finaliza.
O documentário pode ser conferido abaixo: