DNA do esporte corre nas veias de Ana Cristina, dona do saque mais rápido do mundo
A jovem promessa do vôlei brasileiro, medalhista de prata em Tóquio-2020, aos 17 anos, agora sonha com o ouro
Por Gabriela Puchineli
Frequentar os ginásios e assistir os treinos da mãe, Ciça, ex-atleta do vôlei, faz parte da vida de Ana Cristina (@ana.cristina.desouza) desde os três meses de idade. Agora com 20 anos e 1,93m de altura, a ponteira da seleção brasileira, que sacou a 118 km/h na partida contra a Coreia do Sul, alcançando o novo recorde, tem sido o destaque da equipe na Liga da Nações.
A referência sempre esteve dentro de casa e o talento “de berço” veio à tona quando ela começou a fazer escolinha de vôlei com uma amiga. A altura e a força física ajudaram no sucesso quase imediato da menina. Com mãe atleta de voleibol, com vasta participação na Superliga, e pai jogador de basquete – Alex Souza -, a carreira no esporte já estava traçada para Ana Cristina.
Natural do Rio de Janeiro, ela se mudou com a família para São Paulo aos 10 anos, para iniciar nas categorias de base do São Caetano do Sul. Com 14, já estava na seleção brasileira sub-18 e, aos 15, foi destaque da seleção sub-20 no Mundial. Também passou pelo Pinheiros, mas foi no Sesc/Flamengo que brilhou na Superliga. Aos 17, teve sua primeira convocação para a seleção adulta e foi medalhista de prata em Tóquio-2020.
Com os bons resultados dos jogos, Ana Cristina passou a jogar pelo Fenerbahçe, na Turquia, e foi medalhista de bronze no Mundial de Clubes em 2021. Em 2022, ela integrou novamente a seleção de vôlei feminino do Brasil, que foi novamente vice-campeã na Liga das Nações.
No Fenerbahçe, Ana foi campeã da Liga Turca 2022/23, figurando entre os principais destaques. A segunda temporada da atleta no clube reservou o título da Copa da Turquia de 2023/24, ainda que ela estivesse em recuperação de uma lesão. No ano passado, a jogadora se machucou durante um treino da seleção brasileira e precisou passar por uma cirurgia no menisco.
Agora, neste primeiro semestre do ano, a ponteira segue acumulando boas atuações pela seleção na Liga das Nações. Em uma entrevista recente ao site Web Vôlei, ela falou sobre Paris-2024: “os Jogos Olímpicos continuam sendo um sonho para mim, apesar de já ter ido a um. Agora o sonho é ainda maior, quero ser campeã Olímpica jogando e ajudando meu time de alguma forma”, disse.