
Dilma Rousseff: “em 31 de agosto de 2016 eu disse que nós voltaríamos”
Encontro Internacional Democracia e Liberdade também reuniu Lula e lideranças internacionais
A ex-presidenta Dilma Rousseff esteve junto a Lula em debate que lotou a Concha Acústica Marielle Franco, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), nesta quarta-feira (30). No “Encontro Internacional Democracia e Liberdade”, Dilma fez a defesa da Petrobrás ao tempo que falou da urgência em recuperar as políticas contra a fome no país.
Durante sua fala, a ex-presidenta, que foi submetida a um golpe parlamentar em 2016 para sua saída do Palácio do Planalto, relembrou seu último discurso enquanto presidente há mais de 5 anos.
“Em 31 de agosto de 2016, eu disse que nós voltaríamos e que isso não ia ficar assim. Eu quero dizer pra vocês, nós voltamos”, disse.
Así es recibida Dilma Rousseff en el Encuentro “Democracia e Igualdad” que estamos realizando en la @UERJ_oficial
Puedes seguirlo o verlo después aquí:https://t.co/ACoKlU2Vvm pic.twitter.com/XwIcGM36Rn
— Pablo Gentili (@pablogentili) March 29, 2022
“Nós vamos estar nas ruas defendendo a reconstrução do Brasil. O reconhecimento da inocência do presidente Lula permitiu que nós tivéssemos novamente uma alternativa no campo de defesa do povo desse pais”. E finalizou: “eles vão inventar muitas mentiras sobre o nosso presidente nesse ano de 2022, mas vocês vão lembrar o seguinte: os nossos erros são meus, os nossos acertos são nossos”.
Além de Lula e Dilma, o encontro reuniu lideranças europeias e da América Latina, como a vice-presidente espanhola, Yolanda Diaz, o ex-presidente espanhol José Luis Zapatero, políticos colombianos e chilenos. Na ocasião, o reitor da Uerj, Ricardo Lodi, anunciou sua renúncia do cargo. No lugar dele, deve assumir o professor Mário Carneiro.

Foto: Pablo Vergara
Lula, o participante mais aguardado naquela tarde, falou sobre a necessidade de recuperar o orgulho pelas cores da bandeira nacional, em discurso que rapidamente circulou na web. “A blusa e a bandeira não são desse fascista”, disse, referindo-se a Bolsonaro, a quem chamou de “frágil” e “boçal”.