Dia do Poeta: Conheça nove brasileiros que fazem das palavras poesia
Para marcar o dia e inspirar a leitura, selecionamos uma lista de nove poetas contemporâneos brasileiros que você não pode deixar de ler
Por Larissa Castro
O dia do poeta é celebrado anualmente no dia 20 de outubro com o objetivo de reconhecer o escritor e artista. O intuito da data é promover a escrita, leitura e publicação de obras poéticas no Brasil. A data foi escolhida depois do Movimento Poético Nacional, que aconteceu na mesma data em 1976, na casa de Paulo Menotti Del Picchia, jornalista, advogado, pintor e romancista brasileiro.
Para marcar o dia e inspirar a leitura, selecionamos uma lista de nove poetas contemporâneos brasileiros que você não pode deixar de ler:
Conceição Evaristo
Conceição iniciou sua vida na literatura quando começou a publicar seus poemas e contos na série Cadernos Negros em 1990. Ela é uma escritora super versátil, cultiva a poesia, ensaio e ficção. Seus textos possuem cada vez mais leitores e Conceição participa de publicações nos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. Os contos são estudados em universidades brasileiras e do exterior. Suas poesias refletem sobre identidade, escrita e memória apontando questões raciais, de gênero e de classe.
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Bráulio Bessa
Bráulio teve sua primeira paixão pela poesia aos 14 anos quando fez um trabalho escolar sobre Patativa do Assaré, um grande poeta de cordel do sertão cearense. O poeta ficou conhecido pelos versos de resiliência e motivação que inspiram os leitores e participava semanalmente do programa Encontro com Fátima Bernardes no quadro “Poesia com Rapadura”. Bráulio é considerado um dos maiores ativistas da cultura nordestina no mundo.
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Sérgio Vaz
Sérgio é um dos criadores do Sarau Cooperifa, que é um centro cultural que promove o encontro de escritores de leitores e divulga a poesia nas escolas. Além disso, é autor do Projeto Poesia Contra a Violência que visita escolas da periferia promovendo a leitura e criação poética como um instrumento de cidadania e arte. Seus primeiros livros foram edições independentes e em 2009 foi escolhido como um dos 100 brasileiros mais influentes pela revista Época. Devido a suas atividades nas comunidades periféricas, o poeta ganhou o título de Poeta da Periferia.
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Mel Duarte
Mel Duarte teve seu primeiro livro de poesias, Fragmentos Dispersos, publicado em 2013 de forma independente. Mel acredita nas palavras como ferramenta de transformação social e se define como “comunicadora com propósito, revolucionária do cotidiano”. A poeta é slammer, produtora cultural e é uma das organizadoras do Slam das Minas. Ficou conhecida, principalmente, pelo seu livro Negra Nua Crua (2016). Suas poesias descrevem a luta e a vida das mulheres negras, também atravessam questões sociais, políticas, afetivas e espirituais.
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João Doederlein
João, que utiliza o pseudônimo Akapoeta, escreveu suas primeiras poesias aos 11 anos e sempre foi apaixonado pelo poder das palavras. Iniciou seu primeiro blog aos 14 anos com os próprios textos e viu uma oportunidade de compartilhar sua paixão pela escrita com o mundo. Criou o projeto Ressignificados em que atribui novos sentidos para as palavras por meio das redes sociais. Nas releituras, as experiências pessoais com os adjetivos, substantivos e verbos têm mais peso do que a objetividade do dicionário. Seus textos somam diversas referências e possuem variados temas atuais como os relacionamentos amorosos e saúde mental.
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Maria Rezende
Maria é poeta, montadora de cinema e televisão, performer e celebrante de casamentos. Aos 18 anos aprendeu a recitar poesias e já publicou quatro livros. Possui 20 anos de carreira literária e se comunica diretamente com o público por meio da internet com as suas apresentações ao vivo. A poeta mistura improváveis associações como graça e tristeza, esperança e fossa, dureza e lirismo. Maria criou o espetáculo “Mulher Multidão” com temas como relação com o próprio corpo, autoamor, estupro e relacionamento abusivo quando viu a necessidade de mostrar com humor e profundidade as fragilidades e a força da mulher conteporânea.
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Ryane Leão
Ryane é poeta e professora, sempre gostou de ler e escrever. Começou a divulgar seus textos em 2008 em lambe-lambes pela cidade, além de participar de slams e saraus também compartilhava através das redes sociais. Suas poesias ganharam muita popularidade e por meio de um financiamento coletivo publicou seu primeiro livro em 2017: Tudo Nela Brilha e Queima, com a marca da defesa dos direitos das mulheres negras. Os poemas autobiográficos apresentam a sensibilidade da autora que combina temáticas da mulher negra que precisa ler, ser lida, sentir, ser sentida, falar e ser ouvida.
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Luz Ribeiro
Luz é poeta, pedagoga, atriz, dramaturga e diretora. Começou a escrever alguns versos para lidar com a exclusão e o racismo, depois os queimava. Iniciou a participação em slams e saraus na periferia de São Paulo em 2011. Ela tem muita facilidade com locução e narração, foi mestre de cerimônia e idealizou o Slam das Minas SP por quatro anos, além de integrar por seis anos o coletivo Poetas Ambulantes. A poeta é uma referência em poesia periférica, tem três libros publicados que falam sobre a vivência do corpo negro feminino. Luz também tem se dedicado à literatura infantojuvenil.
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Fabrício Carpinejar
Fabrício é poeta, professor e jornalista. Tem 43 livros publicados entre crônicas, reportagem, infanto-juvenis e poesia. Também acumula mais de 20 prêmios literários, seu livro Caixa de Sapatos (2003) teve popularidade nacional. O poeta já foi nomeado como uma das 27 personalidades mais influentes da internet pela revista Época, suas publicações superam mais de um milhão de leitores e os versos escritos em guardanapos são um sucesso entre os seus seguidores. Suas poesias possuem humor, imagens do cotidiano e são cheias de lirismo, o que garante uma perspectiva individual da realidade.
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