Detentos fazem motim em Betim em meio à paralisação das forças de Segurança Pública em MG
Em vídeos, presos dizem que incêndio no Ceresp foi ordenado por agentes
Detentos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, iniciaram um motim na noite da última sexta-feira (25). A rebelião ocorreu em meio à paralisação das forças de Segurança Pública em Minas Gerais. Detentos incendiaram colchões. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a revolta dos presos da unidade, mas afirmou que a situação já está controlada.
Segundo fonte ouvida pela Mídia NINJA, os detentos estão sem os benefícios do semiaberto, sem banho de sol e as saidinhas.
O motim teve início às vésperas do dia de visitas na penitenciária, mas segundo o sindicato dos policiais penais, o banho de sol e as visitas estavam suspensos neste fim de semana em razão da greve da segurança pública. Os policiais exigem recomposição salarial. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ordenou a interrupção da greve. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou também nesta sexta-feira (25) que os presídios voltem a funcionar normalmente. No entanto, o sindicato nega estado de greve e acusa o baixo efetivo de policiais pelo comprometimento dos serviços.
Esta noite, vídeos do interior do presídio Ceresp de Betim chegaram até a Mídia NINJA mostrando como estava a situação durante a rebelião. Em um dos vídeos, um homem com capuz na cabeça diz que os guardas pediram para eles botarem fogo na cadeia. Em outro registro os presos ameaçam quebrar o lugar contra a opressão que sofrem e dizem alegam que alguém está ateando fogo no local.
Para o jornal mineiro Itatiaia a Sejusp emitiu comunicado:
O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) informa que presos do Ceresp Betim atearam fogo em pedaços de colchões e jogaram nos corredores de uma das galerias da unidade prisional. Os Policiais Penais agiram prontamente e controlaram as chamas. O fato ocorreu no início da noite desta sexta-feira (25/2). O Comando de Operações Especiais foi acionado e a situação na unidade já foi controlada. A unidade abrirá um Procedimento Administrativo para apurar as causas e os atores envolvidos na ação