“O dinheiro não veio de fora”, disse ele. “Veio de gente que acredita nesta nação e que defende este país”

Foto: ALEGO

O deputado Amauri Ribeiro (União Brasil), de Goiás, foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Lesa Pátria, que teve início nesta terça-feira (29). O parlamentar admitiu ter financiado golpistas envolvidos em atos de vandalismo em Brasília, durante discurso na Assembleia Legislativa, e ainda lançou um desafio: “Me prendam”.

Um dos mandados está sendo cumprido no seu escritório localizado em Goiânia, enquanto o segundo é executado em sua casa, situada em Piracanjuba, região sul do estado.

“Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou o deputado.

A Polícia Federal afirma que ele é investigado por promoção violenta da abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de um golpe de Estado, a prática de danos qualificados, a formação de uma associação criminosa, a incitação à criminalidade, bem como a destruição, deterioração ou inutilização de propriedades especialmente protegidas, abarcando também infrações estipuladas na legislação antiterrorismo.

“O dinheiro não veio de fora. Veio de gente que acredita nesta nação e que defende este país, mas não concorda com o governo corrupto e bandido”, disse ele em resposta ao deputado Mauro Rubem (PT).

A Operação Lesa Pátria investiga uma rede de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano. Liderada pela Polícia Federal, a operação já executou mais de cinquenta mandados de busca e apreensão, além de efetuar prisões de envolvidos, incluindo militares.