Após uma enxurrada de reclamações por parte dos fãs de Taylor Swift, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) enviou um ofício ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) solicitando uma investigação sobre a presença e o comportamento dos cambistas durante a venda de renda para os shows da cantora, marcada para novembro no Brasil, com a “The Eras Tour.

O esgotamento veloz dos ingressos e as vendas se encerrando em menos de 50 minutos desencadeou uma onda de indignação nas redes sociais. Os admiradores da artista americana afirmam que os cambistas adquiriram a renda e já estão vendendo-os em sites não autorizados. Relatos nas mídias sociais também mencionam que esses cambistas conseguirão coagir os fãs presentes nas bilheterias dos estádios onde os shows serão realizados.

Em fevereiro deste ano, Erika já havia protocolado um ofício junto ao Procon-SP e ao MPSP, após suspeitas de conluio entre cambistas e a plataforma de vendas de ingressos Eventim durante a temporada dos shows do RBD.

Agora, o Procon, por meio de comunicado, informou ter solicitado esclarecimentos a respeito do problema relacionado às vendas de ingressos para os shows da artista no Brasil.

“O Procon-SP já está emitindo notificações à empresa organizadora dos shows da cantora Taylor Swift, que acontecerão em novembro no Rio de Janeiro e em São Paulo. De acordo com uma análise preliminar das reclamações de consumidores registradas no site do órgão de defesa do consumidor, os ingressos – cuja venda começou nesta segunda-feira, 12 – teriam se esgotado em poucas horas nos canais oficiais; mas, estariam sendo anunciados e vendidos em sites não-oficiais a preços muito maiores”, diz o comunicado do órgão, que orientou os consumidores sobre o que fazer nesse caso.

“É essencial que os consumidores registrem suas reclamações em nosso site, porque elas geram as notificações para que as empresas expliquem seus procedimentos e ainda ajudam os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, a analisar e estudar formas de melhorar as relações de consumo, além, claro, do apoio na mediação de conflitos”, explica Rodrigo Tritapepe, diretor de Atendimento e Orientação do Procon-SP.

A partir da notificação, segundo o Procon, a empresa organizadora tem um prazo para apresentar suas explicações e, nos casos pertinentes, adotar medidas que solucionem os problemas, de acordo com as regras do Código de Defesa do Consumidor.

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