Defensoria denuncia que PMs do RJ tapam lente de câmeras corporais durante abordagens
A PM estaria ignorando solicitações para o envio dessas imagens e, em alguns casos, os policiais chegaram a cobrir as lentes das câmeras durante abordagens
A PM estaria ignorando solicitações para o envio dessas imagens e, em alguns casos, os policiais chegaram a cobrir as lentes das câmeras durante abordagens
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro enviou um relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) que revela a alegada negligência da Polícia Militar em relação ao fornecimento de imagens capturadas por câmeras corporais durante operações policiais.
Segundo o documento, a PM estaria ignorando solicitações para o envio dessas imagens e, em alguns casos, os policiais chegaram a cobrir as lentes das câmeras durante abordagens. A instituição nega as acusações de irregularidades.
De acordo com o relatório divulgado pelo Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), a Defensoria realizou 90 pedidos de acesso às imagens das câmeras entre abril e julho deste ano, porém apenas 39 desses pedidos receberam resposta. Isso levanta preocupações sobre a transparência das operações policiais, já que 57% dos ofícios não foram respondidos, e somente três imagens completas foram disponibilizadas.
A Defensoria destaca que, entre as solicitações que foram respondidas, 24 delas retornaram com exigências. O relatório também aponta que em sete casos as respostas foram negativas alegando a inexistência das imagens solicitadas. Além disso, em cinco casos, as imagens compartilhadas não correspondiam às requisições ou eram incompletas, não mostrando momentos cruciais como a abordagem policial e a prisão.
O coordenador do Nudedh, André Castro, ao UOL, mencionou que as câmeras corporais são frequentemente retiradas dos uniformes dos policiais, indicando um descumprimento da forma correta de utilização.
*Com informações do UOL