A Cúpula dos Povos, um movimento global que une coalizões, coletivos, redes, movimentos sociais e populares, e organizações da sociedade civil do Brasil que se reúne desde 2023, agora convoca para uma marcha global pelo clima, a ocorrer no dia 15 de novembro durante a COP 30, em Belém (PA).

A organização lançou um manifesto, intitulado “Da Amazônia para o mundo: basta de desigualdades e racismo ambiental, justiça climática já!” onde convoca pessoas de diferentes cidades a lutarem e construírem resistência em seus territórios pela mudança do sistema: “a crise que enfrentamos é resultado de um sistema que nos explora, ameaça, divide e mata. É o racismo ambiental que atinge primeiro e com mais força os corpos e territórios negros, indígenas e periféricos. É o patriarcado que oprime as mulheres e as diversidades sexuais. É este sistema econômico injusto que explora cada vez mais a classe trabalhadora e a natureza” diz uma parte do manifesto.

O convite é que todas as pessoas possam se mobilizar em seu território, transformando indignação em ação “sabemos que as soluções reais estão nas mãos daqueles que constroem resistência em seus territórios. É por isso que, em 15 de novembro de 2025, durante a COP30, iremos às ruas de Belém e de todo o mundo com nossas vozes e nossa agenda política “, afirma o manifesto da Cúpula.

Mas afinal, o que é a Cúpula dos Povos?

Enquanto a COP 30 é um evento oficial da ONU (Organização das Nações Unidas), onde estarão presentes diplomata, políticos, chefes de estado, cientistas em espaços muitas vezes patrocinados por empresas ou empresários, para discutir a pauta climática, enquanto a Cúpula dos Povos propõe que essa discussão ocorra do ponto de vista popular, com participação de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, agricultores familiares, juventudes, camponeses, populações periféricos, dentre outros grupos que muitas vezes não são ouvidos em espaços oficiais e de tomadas de decisão.

A Cúpula exige: Territórios e Maretórios vivos, Soberania Popular e Alimentar; Reparação histórica, combate ao racismo ambiental, às falsas soluções e ao poder corporativo; Transição Justa, Popular e Inclusiva; Contra as opressões, pela democracia e pelo internacionalismo dos povos; Cidades justas e periferias urbanas vivas e feminismo popular e resistências das mulheres nos territórios.

Leia mais sobre a Cúpula no site https://cupuladospovoscop30.org/