Oficiais são suspeitos de terem deixado de tomar medidas que poderiam ter evitado a invasão dos edifícios governamentais em uma tentativa de golpe de Estado

Foto: reprodução/Câmara DF/Youtube

Nesta sexta-feira (18), a Polícia Federal (PF) desencadeou uma operação que culminou na prisão preventiva de sete policiais militares do Distrito Federal (PMDF), incluindo ex-integrantes da cúpula da corporação. Os mandados de prisão foram emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), sob a suspeita de que esses oficiais, que ocupavam posições de destaque, teriam sido negligentes durante os atos de natureza golpista ocorridos em 8 de janeiro.

Esses oficiais são suspeitos de terem deixado de tomar medidas que poderiam ter evitado a invasão dos edifícios governamentais em uma tentativa de golpe de estado. Entre os alvos das prisões está o comandante da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, que assumiu a posição máxima na corporação durante a intervenção federal. O ex-comandante coronel Fábio Augusto Vieira também teve prisão decretada.

Os mandados de prisão também atingiram outros ex-integrantes da cúpula da PMDF, como o coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, o tenente-coronel Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins. Cabe ressaltar que o coronel Jorge Naime já estava preso desde fevereiro em decorrência da Operação Lesa Pátria, enquanto o major Flávio Silvestre de Alencar havia sido detido anteriormente e posteriormente, em maio, ambas as prisões ligadas a fases anteriores da operação.

De acordo com informações do subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, há indícios de que os oficiais alvo das prisões poderiam ter agido para impedir a invasão das sedes dos Três Poderes, mas teriam se omitido devido a um suposto alinhamento ideológico com os invasores, destacou o G1. A Procuradoria-Geral da República argumenta que essa suposta negligência teria permitido a consumação dos atos golpistas.