A competição contará com a utilização da inteligência artificial, a fim de promover melhorias nas partidas e uma maior assertividade nos resultados

Foto: Jogada10

Por Gabriela Nascimento

A Copa do Mundo Feminina de Futebol já começou, na Austrália e na Nova Zelândia, e está em sua nona edição. Pela primeira vez na história, o campeonato conta com 32 seleções participantes, mudança feita a fim de igualar o número ao da modalidade masculina.  O torneio foi dividido em grupos, seguindo a ordem alfabética do A ao H.

Com intuito de romper as barreiras da desigualdade, o  campeonato sofreu algumas mudanças e terá um novo formato, semelhante ao masculino: oito grupos de quatro países, sendo que os dois primeiros colocados, de cada grupo, se classificam para o ‘mata-mata’. Segundo a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), além dessas mudanças, a competição contará com a utilização da inteligência artificial, a fim de promover melhorias nas partidas e uma maior assertividade nos resultados. 

Foto: Divulgação/Adidas

A Bola Conectada é um recurso da IA que envia dados para uma sala de operação de vídeo 500 vezes por segundo. Isso permite a detecção precisa da posição da bola, no momento do chute, bem como a das jogadoras. Atuando junto a esse recurso, há uma equipe com 19 membros, sendo 6 mulheres.

A utilização da arbitragem por assistência de vídeo, o VAR, que está presente nesta Copa do Mundo Feminina, consiste em um grupo de pessoas, nos bastidores, assistindo os replays instantâneos dos lances, em vários ângulos, para conseguir captar informações que possam ter passado despercebidas pelo árbitro.  

A equipe do VAR auxilia nas decisões importantes das partidas. Além disso, nos estádios, foram instaladas câmeras que atuam junto a um sistema que é capaz de rastrear os membros das jogadoras para detectar se elas estão em posição de impedimento e envia um alerta para o árbitro assistente de vídeo (VAR). Esse sistema coleta dados, em até 29 pontos no corpo de cada jogadora, 50 vezes por segundo.  

Foto: Reprodução/FPF / Jogada10

A tecnologia de impedimento semiautomático é semelhante à da linha de gol, com exceção das câmeras, que rastreiam, instantaneamente, objetos em movimento, ao contrário do sistema da linha do gol, que é estático.

As decisões do VAR eram feitas por meio das descrições que apareciam nos telões dos estádios. Mas, a partir de agora, pela primeira vez em um torneio internacional de futebol, elas serão explicadas aos espectadores por um microfone utilizado pelo árbitro

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube