Copa do Mundo Feminina: emoção dentro e fora dos gramados
Fora das quatro linhas, há um coletivo enorme de mulheres que se apoiam e torcem por um grande objetivo: a maior visibilidade do futebol feminino
Por Brena Santos
Talvez ainda não tenhamos uma resposta exata, mas uma das possíveis respostas à pergunta acima é que a Copa Feminina de 2023, antes mesmo de começar, já quebrava recordes. Nesta edição: houve um aumento no número de seleções; há muitas jogadores estreantes; pela primeira vez as mulheres ocupam a arbitragem de vídeo, além dos gols históricos.
A Copa Feminina vem deixando evidente que a disputa acontece dentro de campo, durante os 90 minutos. Fora das quatro linhas, há um coletivo enorme de mulheres que se apoiam e torcem por um grande objetivo: a maior visibilidade do futebol feminino. Sabe-se que só uma seleção será campeã, mas nesta competição as jogadoras representam jovens que um dia desejam estar ali também.
O choro da ex-jogadora e agora comentarista Milene Domingues antes da partida do Brasil enfatiza o que muito se discute ainda: a discrepância entre as seleções. A comentarista da CazeTv ficou emocionada ao entrar no vestiário da seleção feminina e se deparou com o lugar todo organizado e com cada material das atletas e disse que elas não precisam ficar preocupadas em trazer todo o material, fazer as coisas. O trabalho delas é jogar futebol. Segundo Milene Domingues:
“Em 2003 isso aqui nunca iria acontecer, por mais que a gente tivesse pessoas que trabalhavam ao nosso lado, mas estar aqui hoje, no vestiário da seleção brasileira, prestes a estrear a maior copa (…), é um sonho realizado.”
A emoção de quem fez parte da história da nossa Seleção 🥹🥹🥹
— CazéTV (@CazeTVOficial) July 24, 2023
Milene Domingues entrou no vestiário da Seleção antes da estreia e ficou super emocionada. Confira o relato dela e vem chorar com a gente 💚💛#emBRAza #CopaNaCazéTV #FutebolFeminino #CopaFeminina #FWWC pic.twitter.com/JzqZ8N1fqT
Outro momento importante para a Seleção Feminina do Brasil é usar seu uniforme próprio, sem as tradicionais cinco estrelas – usada pela equipe masculina. “A ação existe desde novembro de 2020 como uma forma de desassociar a seleção feminina dos feitos alcançados pelos homens, pentacampeões do mundo em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. A intenção é focar na busca pela primeira conquista do time feminino”, segundo informações do site ESPN.
A jogadora do Brasil, Andressinha, comentou ainda em entrevista para ESPN que: “Eu acho que o Brasil é reconhecido como país do futebol, muito por todas as coisas que eles conquistaram, pelos grandes jogadores, mas agora acho que é um momento diferente, né? A gente vai conquistar nossa estrela, a gente vai carregar a estrela que a gente for conquistar. Acho que é muito legal isso e a gente vai se sentir mais confortável com essa situação”.
Essa é a primeira semana da Copa e muitos feitos já foram concretizados, almeja-se que muitos outros recordes sejam alcançados e que acima disso, o futebol feminino possa ser cada dia mais valorizado.
Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube