Contra prejuízo de R$ 7 mil, ambulante se ajoelha para fiscais não apreenderem suas mercadorias no RJ
“Cruel e desumano”, relata deputada sobre apreensão que se tornou constante no Rio de Janeiro
“É CRUEL e DESUMANA a forma COVARDE que o trabalhador ambulante é tratado no Rio de Janeiro”, escreveu a deputada estadual Dani Monteiro ao compartilhar vídeo da trabalhadora ambulante Elaine Maria, que teve suas mercadorias apreendidas por fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) na última quarta-feira (2), em Copacabana, bairro do RJ.
Elaine tem 46 anos, é mãe de seis filhos, moradora da Rocinha, na Zona Sul da cidade. Nas imagens, ela chega a se ajoelhar diante dos fiscais e afirma que o prejuízo da apreensão é de quase R$ 7 mil. “Eu tinha uma barraquinha de churrasco e levaram tudo: carne, salsichão, refrigerante, cerveja, sal, carvão”, informou Elaine ao jornal O DIA.
“Em um país patriarcal e racista como o nosso, onde a taxa de desemprego entre mulheres negras é o dobro que a de homens brancos, é dilacerante é revoltante ver uma das nossas de joelhos implorando que não levem seu pão de cada dia”, escreveu a deputada Dani Monteiro, que também é presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assemblei Legislativa do Rio.
Nas redes, outros trabalhadores ambulantes também compartilham o vídeo e protestam por diálogo e pelo pagamento do Auxílio Ambulante. “Osso é um Absurdo! Isso vem acontecendo diariamente”, disse Maria dos Camelôs. Em 18 de fevereiro, ela também compartilhou um vídeo em que o movimento protocola um ofício pedindo uma reunião com a prefeitura do Rio de Janeiro e protesta contra a truculência da Guarda Municipal truculenta que “retira trabalhador das calçadas sem criar alternativas”.
Acabamos de sair da Prefeitura e Protocolamos um ofício exigindo uma Reunião com o Prefeito Eduardo Paes.
Vamos continuar na Luta!#CamelôéTrabalhador pic.twitter.com/0WeYqguLda
— Maria dos Camelôs (@mariadoscamelos) February 18, 2022