Contra fraudes, MEC quer padronizar processo de heteroidentificação para cotas raciais em universidades
A partir de agosto, MEC inicia os debates com instituições de ensino superior para discutir a proposta
Por Lua Conceição, especial para NINJA
O Ministério da Educação (MEC) planeja estabelecer padrões mínimos para as comissões de heteroidentificação, responsáveis por avaliar candidatos que se inscrevem para as vagas de cotas raciais nas universidades.
A ideia é padronizar a composição das bancas, determinar a modalidade das entrevistas (presenciais ou virtuais) e definir um procedimento para reavaliação de candidatos que eventualmente tenham suas inscrições negadas.
A partir de agosto, o MEC inicia os debates com instituições de ensino superior para discutir a proposta. Atualmente, cada universidade adota seus próprios critérios, o que gera inconsistências no processo. O ministério visa consolidar a padronização em um documento normativo.
Antes, a autodeclaração do candidato era suficiente para ingresso por cotas, o que resultou em escândalos de fraudes, com pessoas brancas ocupando vagas destinadas a pessoas negras.