Relator do caso considerou que falas alvo estavam dentro das atribuições políticas

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Nesta terça-feira (5), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquivou os processos contra as deputadas progressistas Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).

Foto: Gabriel Paiva

Juliana havia sido alvo de críticas da oposição por usar o termo “assassinos” para se referir aos deputados que aprovaram o projeto de lei do marco temporal para a demarcação de terras indígenas. O relator do caso, Gabriel Mota (Republicanos-RR), considerou que a fala estava dentro das atribuições políticas da parlamentar e recomendou o arquivamento. A decisão foi acompanhada pelo plenário da Comissão.

Talíria explicou que suas críticas ao deputado Ricardo Salles, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), se basearam em fatos relevantes sobre a atuação do ministro enquanto estava à frente do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro (PL).

O processo contra a deputada Célia Xakriabá (PSOL), que também se manifestou contrária ao marco temporal, segue em tramitação na casa, e deve ser colocado em votação nas próximas semanas. Célia escreveu, à época: “Querem nos atacar de todas as formas. Insistem em um genocídio legislado na Câmara, agora nos denunciam no Conselho de Ética”.

Também foram instaurados processos contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Erika Kokay (PT-DF) e Fernada Melchiona (PSOL-RS). Além disso, o Conselho de Ética adiou a votação de uma denúncia contra Márcio Jerry (PCdoB-MA) por suposto assédio contra Júlia Zanatta (PL-SC).