Por Ana Carolina Menaguali

A educadora e escritora Lavínia Rocha ganhou grande destaque na mídia após ser uma das ganhadoras do Prêmio Perestroika. O prêmio celebra e homenageia 5 educadores brasileiros com as metodologias de ensino mais inovadoras e criativas. A mineira também se destaca nas redes sociais ao apresentar sua rotina na sala de aula e a sua relação afetuosa com os estudantes, ganhando grande visibilidade após publicar um vídeo em que apresenta o antes e depois das suas aulas sobre a história da África.

A professora chama atenção ao apresentar a imagem negativa e os adjetivos pejorativos que são erroneamente relacionados ao continente africano, quando pergunta aos seus estudantes sobre o que pensam sobre África. A partir da reação dos alunos, Lavínia se mostra determinada em revelar uma outra versão do continente. Na segunda parte do vídeo, já é apresentado um ambiente de maior conhecimento interativo acerca da cultura africana, mostrando como a educação desmantela aquilo que a sociedade cristalizou como negativo.

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Desde muito nova, Lavínia é um símbolo de coragem e talento. Aos 11 anos escreveu seu primeiro romance, e o publicou aos 13 de forma independente com apoio dos seus pais. Iniciou sua trajetória como escritora e criou uma coleção de obras autorais que abordam questões sociais. Por isso, a jovem educadora esteve muito engajada em pautas como feminismo e o movimento negro, participando das lutas e estando ativa nessas pautas. Aos 20 anos, foi convidada pela Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, em Itabira, para palestrar o tema “Feminismo não é palavrão para adolescentes de 10 a 16 anos”. 

Em 2021, Lavínia criou o pseudônimo Lia Rocha para separar seu público, sendo esse para o público jovem adulto. O perfil Lavínia Rocha segue agregado ao seu público infantil e adolescente. Sendo assim, a escritora criou uma ampla comunidade de seguidores que a acompanha em ambos os segmentos de sua carreira.

A educadora é uma figura importante em diferentes segmentos de educação para jovens, desde a ocupação de professora a escritora que ocupa suas estantes. Além disso, pensando em seus colegas de profissão, Lavínia decidiu criar um canal de comunicação direta com outros educadores para compartilhar ideias e materiais de incentivo a uma educação mais criativa no país. Com isso, a educadora desconstrói estereótipos e estigmas relacionados às mulheres, à cultura afrobrasileira, e à cultura africana nos espaços que ocupa.