Por: Julia Moreira

De pai para filho e de mãe para filha, alguns dos atletas brasileiros que estão em Paris para disputar as Olimpíadas de 2024 herdaram a paixão pelo esporte de seus pais. Seguindo o legado dos familiares, as esportivas e os esportistas experientes e estreantes nos jogos competem em busca de medalhas para o país. 

Conheça, a seguir, alguns dos filhos de atletas que se destacam em Paris.

Carol Solberg

Foto: Reprodução/Instagram

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg, que participa de sua primeira olimpíada, não é a única apaixonada pelo esporte na família. Carol é filha da jogadora Isabel Salgado, uma das pioneiras no vôlei de praia. Estreante no Modena, da Itália, em 1980, Isabel foi a primeira jogadora de vôlei brasileira a jogar na Europa. Ela particpou de duas Olimpíadas jogando vôlei de quadra, a de Moscou, em 1980, e a de Los Angeles, em 1984.

Aos 32 anos, Isabel estreou como jogadora de vôlei de praia, aposentando-se cinco anos depois para treinar as filhas. Além de Carol, a ídola do vôlei criou mais quatro filhos, sendo Maria Clara Salgado e Pedro Solberg também jogadores de vôlei. 

Martine Grael

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A velejadora Martine Grael é filha de um dos maiores medalhistas olímpicos brasileiros. Torben Grael, pai de Martine, conquistou dois ouros, uma prata e dois bronzes em cinco participações em Olimpíadas. Empatado com Torben em número de medalhas, somente o brasileiro Robert Scheidt, com dois ouros, duas pratas e um bronze, está acima de Torben no ranking.

A primeira medalha do velejador foi em Los Angeles, no ano de 1984, e a última, em Atenas, no ano de 2004. No entanto, foi com a mãe, Andrea Soffiatti, que Martine aprendeu a velejar. Em uma entrevista ao Globo Esporte, em 2016, a mãe contou que brincava com seus filhos, Martine e Marco, no barco para que perdessem o medo das águas.

Bruno Rezende

Foto: Getty Images 2017

O jogador de vôlei Bruno Rezende, o “Bruninho”, tem o pai sempre próximo nos jogos, já que é filho do treinador da Seleção Brasileira, Bernardo Rezende, o “Bernardinho”. Na primeira convocação de Bruninho, em 2007, os nomes eram escolhidos por Bernardino, que deu a oportunidade ao filho de estrear com a camisa verde e amarela nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.

Com sete medalhas em olimpíadas, Bernardinho compartilha com o filho três dessas conquistas: o ouro em 2016, no Rio, e duas pratas, em 2008, nos jogos de Pequim, e em 2012, nos jogos de Londres. Fora do comando da Seleção masculina por oito anos, Bernardo voltou à beira das quadras no final de 2023, substituindo o técnico Renan Dal Zotto.

Duda Lisboa

Foto: Arquivo pessoal/Duda Lisboa

Bicampeã mundial do vôlei de praia em 2018 e 2022, Duda Lisboa herdou a paixão pelo esporte de sua mãe, Cida Lisboa. Aos 9 anos, Duda começou a praticar vôlei de praia no Centro de Treinamento Cida Vôlei, em São Cristóvão, fundado pela mãe. 

Em 2017, quando Duda recebeu o convite para ser dupla de Ágatha nas competições, Cida foi responsável por treinar outra dupla do vôlei de praia brasileiro: Victoria e Tainá. Atualmente, Cida é diretora de esporte de alto rendimento da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) de São Cristóvão. 

João Vitor Marcari Oliva

Foto: Sergio Zacchi/CBH

Disputando sua terceira olimpíada, o cavaleiro João Vitor tem a mãe, a ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, como principal incentivadora. João iniciou a praticar o esporte com cavalos por influência do pai, que trabalhava como empresário e criador de cavalos. Foi com a mãe, no entanto, que João participou de sua primeira olimpíada.

Em 1996, nas Olimpíadas de Atlanta, Hortência levou o filho de seis meses para acompanhar a competição. Naquele ano, o Brasil garantiu a medalha de prata no basquete. Hortência também participou das Olimpíadas de Barcelona, em 1992, antes do nascimento de João.