Jogadora de futebol e artista visual, a atacante faz história, acumulando feitos inéditos pela equipe neozelandesa

Autora do primeiro gol da Copa e da primeira vitória da Nova Zelândia em mundiais. Foto: Marty Melville/ AFP

 

Por Aline Braga

Três minutos do segundo tempo: um contra ataque construído a partir da arrancada olímpica de Jacqui Hand e um cruzamento certeiro para um chute do meio da área da goleira adversária. Foi assim que Hannah Wilkinson marcou o primeiro gol da Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino de 2023, feito que levaria a equipe co-anfitriã a alcançar um feito histórico: sua primeira vitória em uma Copa.

Leia mais sobre o emocionante jogo de abertura da Copa do Mundo:

Veja o gol de Wilkinson:


Nascida em 1992, na cidade de Whangārei, Nova Zelândia, Hannah Wilkinson joga futebol desde a época de faculdade, nos EUA. Profissionalmente, passou pela Suécia, Portugal, Alemanha e, atualmente, joga no Melbourne City, da Austrália. Representando as Football Ferns, esta é sua quarta Copa do Mundo, além de ter participado de três Olimpíadas.

O gol da vitória, na estreia das Ferns, nesta Copa, não foi o primeiro momento histórico de Wilkinson. Na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011, disputada na Alemanha, a atacante, com apenas 19 anos de idade, entrou em campo aos 54 minutos do segundo tempo. Em um jogo válido pela última rodada da fase de grupos da competição, quando a Nova Zelândia perdia da seleção mexicana, a atacante marcou o gol de empate da partida. Resultado que deu, à equipe, o primeiro ponto conquistado em Mundiais, até aquele momento.

Fonte: Redes sociais da atleta

 

Apesar da carreira de sucesso nos gramados, o futebol não é a única paixão de Hanna. Em casa, ela divide seu tempo entre o violão e as tintas. E é nas artes visuais, principalmente, que ela mostra toda a sua versatilidade, produzindo pinturas, esboços e, até mesmo, murais.  

Antes do início da competição, Wilkinson foi convidada a eternizar uma de suas artes nos muros do estádio Eden Park, palco da abertura da Copa. Aproveitando a oportunidade, a atacante ilustrou seu amor pelo esporte feminino por meio de uma releitura dos três Mundiais Femininos já sediados pela Nova Zelândia: Rugby, em 2021; Críquete, em 2022, e, agora, Futebol, em 2023.

Foto: Jo Caird – Fonte: Redes sociais da atleta

Hannah fala, em entrevista concedida ao COI (Comitê Olímpico Internacional), sobre o uso da arte como aliada para manter um equilíbrio saudável entre a vida dentro e fora de campo. É na arte que ela encontra um espaço para descarregar as inúmeras pressões relacionadas a ser uma atleta de elite. Isso a ajudou, inclusive, durante a recuperação de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito, em 2019. Sob o pseudônimo “Wilkscraft”, a artista compartilha seus projetos em seu blog/portfólio e nas redes sociais.

 

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Mais sobre a seleção neozelandesa:

https://midianinja.org/news/nova-zelandia-busca-sua-primeira-vitoria-apos-cinco-participacoes-na-copa-do-mundo-feminina/

 

Fontes: Globo Esporte; WilksCraft, Comitê Olímpico Internacional, FIFA

 

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube