A compra de cloroquina feita pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) durante o auge da pandemia da covid-19 deverá ser investigada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além dos contratos de vacina assinados pelo Ministério da Saúde.

Fontes da equipe de transição no setor de saúde confirmaram para a coluna de Jamil Chade do UOL que existe a intenção de que, uma vez no poder, a nova administração busque esclarecimentos sobre as motivações por parte dessas compras. No caso da cloroquina, as operações iam contra as orientações de cientistas e da própria OMS.

De acordo com a coluna do UOL, os membros da equipe de transição revelaram que a investigação irá além da retirada dos sigilos de documentos confidenciais. No Ministério da Saúde, o objetivo da análise é a de saber qual foi a cadeia de comando na tomada de decisões, de onde vieram as orientações e como foi o processo de consultas com equipe técnica e científica.

O relatório da CPI da Covid-19, que está parado na Procuradoria Geral da República (PGR), já conseguiu mostrar como foram feitas as compras de vacinas e da cloroquina, porém o novo governo que aprofundar com novas apurações.

Em meados de 2020, a OMS já tinha suspendido as pesquisas sobre a suposta eficácia da cloroquina, depois de um esforço que envolveu dezenas de hospitais por todo o mundo.

Mesmo assim, semanas depois, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que o governo dos Estados Unidos entregou ao Brasil 2 milhões de doses de hidroxicloroquina, “como demonstração da solidariedade” entre os dois países na luta contra o coronavírus.

Com informações do UOL

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