O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acredita que um golpe de Estado está se formando contra ele. Mais uma vez, este domingo (08), o líder progressista referiu-se ao tema e voltou a apelar a uma “mobilização generalizada” para defesa do seu mandato.

A denúncia de Petro está ligada à investigação realizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para apurar se violou os limites de sua campanha. Segundo ele, o que se busca é deixá-lo fora da Casa de Nariño antes de 7 de agosto de 2026, quando seu mandato termina.

Durante os últimos dias, o presidente garantiu que a CNE não é o órgão competente para realizar a investigação.

“A oligarquia colombiana que não se cansa de ordenhar o país e torná-lo um dos mais desiguais e violentos do mundo decidiu acabar com a pouca democracia estabelecida na Constituição de 1991 e quebrar as suas regras porque não suporta um presidente do lado do povo e não do lado da sua máfia e das suas manobras assassinas”, afirmou o presidente.

Dadas as declarações alarmantes, as reações de outras figuras políticas apelam ao respeito pelas instituições e pela democracia. No entanto, o presidente também recebeu apoio do seu gabinete.

Petro manteve-se firme na sua posição e reiterou o seu desejo de convocar uma marcha para proteger o atual governo. “Há décadas que luto por um caminho de transformações pacíficas, fundamentadas e democráticas a favor do povo. É por isso que a tarefa de defender a democracia é de todo o povo, tenham votado em mim ou não.”

Embora a CNE não tenha voltado a comentar o assunto, o comunicado divulgado no dia 02 de setembro deixou clara a sua posição: tal como investigaram as campanhas dos ex-presidentes Iván Duque e Juan Manuel Santos, investigarão a campanha do presidente eleito e, se necessário, imporão multas ou devolução de dinheiro.