Por Juliana Araujo para NINJA Esporte Clube

Daqui dois anos, o Brasil será palco de um dos maiores eventos esportivos do planeta. A partida de abertura está marcada para o dia 24 de junho de 2027, com a estreia da Seleção Brasileira Feminina diante de sua torcida. Mais do que uma Copa, o torneio será um marco na história do futebol feminino e uma oportunidade única de celebrar o talento, a diversidade e a equidade no esporte.

A edição de 2027 será a primeira da categoria adulta a ser realizada na América do Sul, e reunirá 32 seleções em disputa por um título que vai além das quatro linhas. O Brasil, que já recebeu duas Copas do Mundo masculinas (1950 e 2014), agora escreve um novo capítulo, desta vez, com as mulheres no centro da cena.

O Brasil em campo, dentro e fora dos gramados

A Copa será disputada entre 24 de junho e 25 de julho de 2027, com jogos em oito capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A expectativa cresce não apenas para a competição em si, mas para o impacto que o evento trará ao país em termos de visibilidade, mobilização e incentivo à equidade de gênero no esporte.

“A Copa do Mundo de 2027 da Fifa no Brasil representa um sonho. É a primeira Copa do Mundo feminina da categoria adulta na América do Sul, e a gente está super orgulhosa de poder sediar um evento tão grande como esse”, declarou Marta, em entrevista nesta terça-feira (24), data que marca a virada do relógio para os dois anos exatos até o pontapé inicial.

“Vamos trabalhar duro para que tudo seja perfeito, e esse evento seja um marco na história do futebol feminino”, completou a craque, que voltou recentemente à Seleção Brasileira após período afastada por questões físicas. Ela participou dos amistosos contra o Japão e está relacionada para o duelo contra a França, nesta sexta-feira (27), em Grenoble.

Apesar de não confirmar sua presença em 2027, Marta ressaltou a importância da nova geração que hoje compõe a equipe: “Hoje a gente vê uma geração muito forte. As pessoas que estão no comando entendem que é importante seguir evoluindo, seguir dando oportunidade a todos.”

A preparação começa agora! 

De olho em um planejamento robusto, a CBF já trabalha para dar à Seleção a melhor estrutura possível até a Copa. Isso inclui uma série de amistosos contra seleções do Top 10 do ranking da FIFA, alguns deles com mando do Brasil, priorizando estádios que também serão palcos da competição.

De acordo com Cris Gambaré, coordenadora de seleções femininas da CBF, o período pós-Copa América, entre 20 e 29 de outubro, terá amistosos realizados em solo brasileiro.

“Estamos construindo um calendário forte, com adversários de alto nível e partidas em casa, para fortalecer o vínculo com o público e com os estádios que receberão o Mundial”, afirmou. Em novembro de 2025, já está previsto um novo compromisso da seleção na Europa, fortalecendo o intercâmbio técnico da equipe com o que há de mais competitivo no futebol internacional.

A Seleção já mostra evolução: Desde que Cris Gambaré assumiu a coordenação das seleções femininas, há cerca de um ano e três meses, a gestão tem priorizado organização, respeito e visibilidade. O trabalho segue em parceria com o técnico Arthur Elias, que juntos estão elevando o nível de competitividade da equipe nos últimos ciclos.

“Estamos trabalhando muito para fazer uma grande Copa do Mundo em casa com o nosso torcedor. Isso é motivo de orgulho e muita responsabilidade. Queremos deixar um marco histórico que impulsione a equidade necessária para o desenvolvimento do futebol feminino brasileiro”, afirmou Arthur Elias.

Segundo Cris, o novo momento é de portas abertas com o cenário internacional: “Os e-mails que antes ficavam sem resposta, hoje têm retorno quase imediato. Há respeito, há atenção e há reconhecimento pelo trabalho que estamos desenvolvendo.”

O caminho até o Mundial já começou a ser trilhado com amistosos de alto nível, estádios sendo preparados e a conexão com a torcida crescendo a cada passo. A CBF quer ver o Brasil inteiro abraçando a Seleção Feminina desde já, transformando cada jogo em um espetáculo com arquibancadas pulsando de orgulho e apoio.

Agora é oficial: faltam só dois anos para a bola rolar, e o Brasil já está escalado para fazer história dentro e fora de campo!