Com voto de desempate de Rosa Weber, CNJ abre investigação contra juiz do caso Mari Ferrer
O caso ficou conhecido pela humilhação sofrida por Ferrer durante a audiência que Rudson Marcos conduzia
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou um Processo Administrativo Disciplinar contra o juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Essa medida visa investigar a conduta do magistrado durante a audiência em que ocorreu o depoimento da vítima Mariana Borges Ferrer.
O caso ficou conhecido pela humilhação sofrida por Ferrer durante a audiência que Rudson Marcos conduzia, no processo sobre a denúncia de estupro sofrido em um beach club de Florianópolis.
A decisão de abrir o processo foi tomada pela ministra Rosa Weber, presidente do CNJ, devido a um empate nas posições dos 14 conselheiros consultados.
O relator designado para o caso é o conselheiro Sidney Madruga, que recomendou a instauração do procedimento disciplinar, porém sem afastamento funcional.
Além disso, o juiz Rudson Marcos, o promotor e o advogado de defesa que atuaram no caso entraram com processos cíveis e criminais contra a jornalista Schirlei Alves e o The Intercept Brasil, devido à publicação da matéria que trouxe à tona a situação enfrentada por Ferrer durante a audiência. No caso da ação cível, uma medida liminar determinou a edição da matéria publicada.
As ações criminais ainda estão em andamento e aproximam-se de uma conclusão em primeira instância. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiaram a perseguição contra a jornalista.