Com salários congelados, servidores reivindicam investigação em ‘bolsolão’ do MEC
Ato fez parte da jornada de lutas dos servidores federais em Brasília
A última semana de março tem sido marcada por manifestações e atos dos servidores públicos federais de diversas categorias em Brasília. Os servidores estão mobilizados pela pauta de reajuste salarial e as recentes denúncias de novo esquema de corrupção no governo federal foram incorporadas nas manifestações.
Nesta terça-feira, dia 29 de março, servidores da educação, estudantes e outras categorias apoiadoras do movimento se reuniram frente ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O ato exigiu a investigação do envolvimento do presidente Bolsonaro no Bolsolão do MEC, esquema recém revelado de propina para acesso a verbas do FNDE.
O novo escândalo de corrupção envolve verbas do Ministério da Educação e já resultou na saída do então ministro Milton Ribeiro, que anunciou sua exoneração nesta segunda-feira, dia 28 de março. Bolsonaro foi diretamente citado no áudio vazado pela Folha de São Paulo na última segunda-feira, dia 21, em que Milton Ribeiro declarava que a sua “prioridade é atender a todos que são amigos do pastor Gilmar” e que “foi um pedido especial que o Presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”.
Em sequência, na quarta-feira, dia 30, servidores de diversas categorias participaram de uma caminhada com paradas no Ministério da Saúde e Previdência e no Ministério da Economia. A manifestação se iniciou com concentração no espaço do servidor. Amanhã, dia 31, estão previstos dois atos, um com concentração no anexo 2 do Senado e em seguida um com concentração no Ministério da Economia.
A campanha salarial dos servidores públicos federais tem como principal exigência o reajuste de 19,99%, valor referente a inflação acumulada nos últimos 3 anos de governo Bolsonaro. O movimento reitera que os servidores estão 5 anos com congelamento dos salários, sem nenhum reajuste inflacionário. As categorias estão desde o início desde ano buscando diálogo para que a defasagem salarial seja corrigida, porém o governo segue sem aceitar negociação.
Texto via Assessoria FONASEFE