Rio de Janeiro – A Cúpula de Líderes do G20 marcou, nesta segunda-feira (18), o lançamento oficial da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa liderada pelo Brasil para combater dois dos maiores desafios globais. A Aliança reúne 147 membros fundadores, incluindo 81 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 entidades filantrópicas e ONGs. A proposta é acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a urgência da ação:
“Enquanto houver famílias sem comida na mesa, crianças mendigando nas ruas e jovens sem esperança, não haverá paz. Sabemos que políticas como o Bolsa Família e refeições escolares podem transformar vidas e devolver dignidade.”

A construção da Aliança foi fruto de um ano de diálogo e colaboração. Em julho, sua estrutura foi aprovada por unanimidade durante a Reunião Ministerial do G20, também realizada no Rio. O Brasil liderou a coordenação da iniciativa, envolvendo diversos ministérios e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Como funciona a Aliança

A Aliança é um mecanismo global de cooperação, que oferece um “cardápio” de políticas públicas e projetos comprovadamente eficazes no combate à fome e à pobreza. Cada país membro pode escolher e adaptar as soluções às suas realidades, contando com o apoio técnico e financeiro das entidades participantes.

Os compromissos dos membros são formalizados em Declarações de Compromisso, que detalham metas específicas e podem ser atualizadas conforme as necessidades evoluem. Essas declarações são públicas e estão disponíveis no site oficial da iniciativa.

Adesões e impacto global

Desde julho, a Aliança atrai novos membros além do G20. Brasil e Bangladesh foram os primeiros signatários, seguidos por todos os países do grupo e outras nações de diferentes continentes. Instituições como FAO, UNICEF, Banco Mundial e fundações como Rockefeller e Bill & Melinda Gates também integram a iniciativa.

Para o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, o lançamento representa um divisor de águas:
“Hoje é um marco histórico. Esta não é apenas uma plataforma de debate, mas um mecanismo prático para transformar vidas e combater a pobreza extrema.”

Próximos passos

Com estrutura própria e independente do G20, a Aliança planeja atrair mais adesões e fortalecer a implementação de políticas públicas durante e após a Cúpula. O governo brasileiro vê a iniciativa como um potencial marco global no combate à fome e à pobreza, consolidando o protagonismo do país na agenda internacional.

Fonte: Agência EBC