Por Vinícius Alves

O Orgulho chegou a mais um ano de comemoração. Nossas ações parecem, mais do que nunca, estar em alta. A quantidade de empresas ou instituições públicas e privadas que celebram e investem na data é algo que não acontecia com tamanha disposição. Passou a acontecer. Que bom!

Hoje o mundo comemora o Orgulho de ser… livre. É disso fundamentalmente que estamos falando. Ou melhor, repetindo, repetindo, repetindo. Nós queremos ser plenamente livres!

A liberdade só é uma palavra cara de ser defendida por quem nem sempre a teve ou a tem. Se você não consegue sair na sua rua de mãos dadas com a pessoa que você ama, a ausência da liberdade está aí. Se você até ontem não podia doar sangue por pertencer a uma identidade sexual e de gênero não cis-heterossexual, a liberdade também escapava aí. Se temos de Janeiro a Junho 89 pessoas trans* e travestis mortas no Brasil significa que nós não estamos plenamente livres.

O fato é que a luta do Orgulho, sempre foi fundamentalmente uma Revolta por Ser Livre. Por não ter a nossa liberdade interrompida nas florestas ou avenidas por onde desejemos caminhar. É disso que estamos falando, por isso que seguimos fervendo e buscando viver incansavelmente… a nossa liberdade!

A todas as instituições públicas e privadas, obrigado pelo investimento dado à promoção da nossa visibilidade orgulhosa nesse 28 de Junho de 2k20. No 29 a gente quer voltar a conversar. É no Orgulho que a gente se encontra pra lembrar pelo que seguimos fazendo Revolta!

Até que todas sejamos livres!

Vinícius Alves, soteropolitano, 31 anos, ativista LGBT há 14 anos e membro da Plataforma @fervo2k20

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Márcio Santilli

‘Caminho do meio’ para a demarcação de Terras Indígenas

NINJA

24 de Março na Argentina: Tristeza não tem fim

Renata Souza

Um março de lutas pelo clima e pela vida do povo negro

Marielle Ramires

Ecoturismo de Novo Airão ensina soluções possíveis para a economia da floresta em pé

Articulação Nacional de Agroecologia

Organizações de mulheres estimulam diversificação de cultivos

Dríade Aguiar

Não existe 'Duna B'

Movimento Sem Terra

O Caso Marielle e a contaminação das instituições do RJ

Andréia de Jesus

Feministas e Antirracistas: a voz da mulher negra periférica

André Menezes

Pega a visão: Um papo com Edi Rock, dos Racionais MC’s

FODA

A potência da Cannabis Medicinal no Sertão do Vale do São Francisco

Movimento Sem Terra

É problema de governo, camarada