Colombianos saem às ruas em defesa do governo de Petro
O presidente participou de uma manifestação convocada pelas confederações trabalhistas em apoio ao programa do atual governo, às reformas sociais e em repúdio às manobras da direita para tirá-lo do poder
Ontem (19) aconteceu a marcha convocada pelo presidente Gustavo Petro para defender suas reformas sociais, mas principalmente a reforma previdenciária que tem mais de 100 demandas no Tribunal Constitucional.
O presidente chamou estas manifestações de ‘marcha cinzenta’ e apelou aos seus seguidores para apoiarem os artigos que já foram aprovados pelo Congresso e entrarão em vigor a partir de 1 de julho do próximo ano.
Em Bogotá, o ato foi na Plaza de Bolívar, no centro da capital. Em Cali teve início no Parque de las Banderas, por volta das 9h e em Medellín foi realizada no Parque de las Luces por volta das 10h.
Entre as confederações trabalhistas convocadas participaron a Central Unitária dos Trabalhadores, integrada no Comando Nacional Unitário (CGT) e as Confederações dos Pensionistas (CPC e CDP), além da Minga do sudoeste do país e do Pacto Histórico.
“Tive a participação ativa do movimento sindical, social e popular na mobilização nacional que, além de expressar o apoio do povo colombiano ao governo de mudança, busca defender as reformas sociais, especialmente a reforma previdenciária que garante pensões dignas para mais de 3 milhões de idosos na Colômbia, tornando-se uma das maiores conquistas do presidente Gustavo Petro”, afirmou a CUT em comunicado.
Ele também falou do apoio à reforma trabalhista, que tramita no Congresso, e à reforma sanitária, recentemente resolvida na Câmara dos Deputados. Além de outras iniciativas que não foram apresentadas como reformas dos serviços públicos, do ensino superior, da jurisdição agrária e do sistema de participação geral, SGP.
No âmbito do seu discurso, Petro reiterou as ameaças que a oposição está a promover para encurtar o seu mandato e mesmo aquelas que procuram acabar com a sua própria vida.
Afirmou então que a sua proteção depende de as pessoas ficarem em casa ou saírem à rua, e afirmou que este é o primeiro dia em que serão defendidos o direito à pensão e todas as outras liberdades dos cidadãos.
O objetivo das manifestações deste dia foi também defender a reforma previdenciária, recentemente aprovada pelo Congresso, e hoje ameaçada devido a dezenas de ações movidas no Tribunal Constitucional, sobre as quais Petro também comentou.
Afirmou que esta norma protege o direito de três milhões de idosos pobres ao recebimento de uma pensão, num cenário que atualmente difere muito do que se vive na Argentina, onde os idosos exigem melhores condições de vida.
Rejeitou também os argumentos apresentados pelos meios de comunicação de direita, que apontam as mobilizações como meios de pressão sobre o Tribunal Constitucional.
O presidente classificou esta posição como uma visão aristocrática e destacou que a opinião do povo não constitui pressão.
Afirmou neste momento que não houve democracia na Colômbia porque não foi o povo que detinha o poder, mas sim as famílias aristocráticas.