Clube chileno denuncia ataque de Israel entrando em campo com crianças palestinas invisíveis
“É nosso dever fazer com que todos os vejam”, afirmou o Clube Desportivo Palestina, fundado em Santiago por membros daquela comunidade há mais de um século
Os jogadores do Clube Esportivo Palestina, da Primeira Divisão do Chile, realizaram na última sexta-feira, 24 de maio, um ato de homenagem às crianças mortas na Faixa de Gaza assassinadas após uma operação do exército israelense.
O bombardeio em Rafah matou 45 palestinos, mais da metade deles crianças, mulheres e idosos. Líderes globais expressaram horror com as cenas de pessoas carbonizadas em uma “zona humanitária” designada, onde famílias deslocadas pelo conflito em outras partes de Gaza buscaram abrigo.
:: Maioria das 45 vítimas de bombardeio israelense em Rafah eram crianças, mulheres e idosos ::
Antes do jogo contra a União Espanhola, os onze jogadores palestinos entraram em campo de mãos dadas com as “crianças invisíveis”, símbolo das vítimas assassinadas em Gaza. Durante o protesto, largaram os casacos na relva. O clube, como o próprio nome sugere, foi fundado por imigrantes palestinos na capital chilena em 1920.
“Os palestinianos deixam cair os casacos em sinal de denúncia das mortes invisíveis de crianças em Gaza. É nosso dever fazer com que o mundo inteiro as veja”, publicou a instituição na plataforma X.
Este comovente ato teve como objetivo denunciar a tragédia humanitária em Gaza e homenagear a memória dos mais jovens afetados pelo conflito.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em Abril o número de crianças mortas no conflito de Gaza ultrapassou os 13.800. O Chile tem a maior comunidade palestina fora do Oriente Médio, com mais de 500 mil pessoas.