Cine NINJA participa de sessão experimental de ‘Bye Bye Amazônia’, novo filme do diretor Neville de Almeida
Exibição aconteceu no último dia de 13, na Zona Sul do Rio de Janeiro
Por Marilda Campbell
A Cine NINJA participou da sessão experimental do documentário “Bye Bye Amazônia – A Morte Anunciada da Floresta Amazônica”, na última terça (13), no Estação Net Botafogo, no Rio de Janeiro. O diretor Neville de Almeida esclareceu que não era a pré-estreia, nem o lançamento do filme. O objetivo da sessão foi exibir seu novo trabalho em uma tela de cinema e ouvir as impressões do público antes de finalizar a obra.
A sessão experimental contou com a presença de alunos de Cinema, profissionais do mercado audiovisual, críticos e público em geral, além da equipe de “Bye Bye Amazônia”, formada pelo roteirista e diretor Neville de Almeida; a diretora de fotografia e montadora, Julianne Chaves; Mac Suarão Kadiwell, Thiago Justino e Ana Kariri, que compõem o elenco.
Sinopse
Mistura de documentário e performance, Neville volta ao longa metragem depois de quase uma década. “Bye Bye Amazônia” é uma denúncia à destruição iminente da floresta. Para o diretor, o documentário é uma Ópera Manifesto Digital da Tragédia Amazônica, uma obra que certamente passará a ser convidada especial dos mais importantes debates sobre ecologia e sustentabilidade que acontecem no Brasil e no mundo.
Neville contou que tudo começou há 10 anos com o registro do argumento do filme. Apenas em 2021 ele resolveu executar sua ideia de uma forma mais moderna, fugindo do padrão enjaulado de produção de um documentário. “Bye Bye Amazônia” é crítico, artístico e inventivo. É o que o diretor chama de uma obra artesanal-primitiva ao não utilizar recursos de iluminação, efeitos sonoros ou efeitos especiais.
“O importante é fazer com uma boa equipe, com sensibilidade para filmar e utilizar os recursos que têm”, complementou Julianne Chaves.
O conceito do filme é mostrar o ponto de vista do indígena, a narrativa de quem vive a história. Combinando dados históricos, políticos e estatísticos com performances que transmitem a indignação do povo indígena.
Ana Kariri destacou que os povos indígenas seguiram discutindo e lutando por seus direitos durante o governo Bolsonaro, que se propôs a acabar com as políticas públicas direcionadas aos povos originários em uma clara tentativa de extermínio. Ana ressaltou que hoje a luta segue contra o avanço da exploração das terras indígenas pelo agronegócio, garimpeiros e madeireiros; além das manifestações contra o marco temporal.
“Bye Bye Amazônia” vai iniciar sua trajetória pelo circuito de festivais, não tendo previsão de estreia nos cinemas.
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