No mês do orgulho LGBTQIAPN+, a Nave Coletiva, sede da Mídia NINJA localizada em São Paulo (SP), vai realizar a pré-estreia do premiado filme “Tudo o Que Você Podia Ser”, dirigido por Ricardo Alves Jr.

A exibição será no dia 18 de junho, às 19h, e contará com a presença do diretor e outres convidades, que após a sessão, participarão de um debate mediado pela atriz, diretora e crítica de cinema Lilianna Bernartt. O papo contará com intérprete de LIBRAS.

Para participar, inscreva-se gratuitamente no Portal da Floresta Ativista.

Premiado no Festival do Rio e no Festival Mix Brasil, o longa acompanha o último dia de Aisha em Belo Horizonte, uma despedida que se desenrola na companhia de suas melhores amigas: Bramma, Igui e Will. Através das interações cotidianas entre as personagens, o filme oferece um retrato afetuoso da família que escolhemos construir por meio do valor da amizade, mesclando elementos ficcionais e documentais em seu roteiro, aproximando o público de forma sensível e intimista às histórias de cada personagem.

O filme é estrelado por Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares. O roteiro é assinado por Germano Melo.

Gravado entre dezembro de 2021 e março de 2022, em Belo Horizonte, o longa-metragem é o trabalho mais recente de Ricardo Alves Jr., que transita na criação entre o teatro e o cinema, e que por esse filme ganhou o prêmio de melhor direção na sessão Novos Rumos da 25ª edição do Festival do Rio. Após os elogiados filmes “Elon Não Acredita na Morte” (2016), “Vaga Carne” (2019) e “Quem Tem Medo?” (2022), dessa vez, Ricardo convidou as atrizes Aisha Brunno, Bramma Bremmer, Igui Leal e Will Soares, quatro artistas com reconhecida trajetória no teatro de Belo Horizonte, para protagonizarem um filme em que novos olhares e narrativas sobre as vidas de pessoas LGBTQIAPN+ pudessem ser retratados nas telas. “Tudo o Que Você Podia Ser” teve sua estreia mundial como o filme de abertura do prestigiado Festival Internacional de Cinema Queer Porto, em Portugal.

Temas como comunidade, HIV, afeto e sexualidade estão entre os assuntos abordados nas cenas. Alguns diálogos foram improvisados no set, partindo de indicações da direção e do roteirista Germano Melo. A partir das experiências vividas por essas quatro amigas, o filme tece um retrato particular da cidade de Belo Horizonte, com cenas gravadas em diferentes bairros e regiões da cidade, como Aglomerado da Serra, Bonfim, Centro, Lagoinha e Santa Tereza, construindo diferentes imagens desse espaço urbano.

Segundo o diretor Ricardo Alves Jr., o filme é muito mais do que apenas um filme, é um manifesto sobre o cuidado, a amizade e o pertencimento. O filme surge em um contexto especial, que se sobrepõe aos desafios sociais e pessoais vividos no Brasil nos últimos anos. O cineasta explora temáticas relacionadas com a sobrevivência à intolerância e afirmação das subjetividades em um ambiente onde a comunidade LGBTQIAP+ ainda enfrenta uma dura realidade. O trabalho é uma ode à resiliência, à capacidade de enfrentar a adversidade e florescer em um ambiente que muitas vezes é hostil.

A música “Tudo O Que Você Podia Ser”, clássico do Clube da Esquina na voz de Milton Nascimento, que dá título ao longa-metragem, foi regravada especialmente para o filme pela cantora Coral, artista baiana radicada em BH, expoente da música popular brasileira na atualidade e uma das vozes da diversidade no Brasil.

Após a pré-estreia na Nave, o longa chega às telonas no dia 20 de junho, com distribuição da Sessão Vitrine Petrobrás.

Serviço:

O que: Cine Nave | “Tudo o Que Você Podia Ser” – pré-estreia + debate
Quando: 18 de junho, terça-feira, às 19h
Onde: Nave Coletiva, Rua José Bento, 106, Cambuci, São Paulo (SP)
Entrada: Gratuito, mediante inscrição no Portal da Floresta Ativista

O Cine Nave é apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Governo Federal e Ministério da Cultura através da Lei Paulo Gustavo.