Ciclone com granizo agrava crise climática em sete municípios do Rio Grande do Sul
A previsão de chuvas intensas representa um desafio adicional para estas comunidades
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta para o Extremo Sul do Rio Grande do Sul, com previsão de chuva intensa, ventos fortes e queda de granizo. Os municípios de Arroio Grande, Chuí, Herval, Jaguarão, Pedras Altas, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar estão sob a área de abrangência deste alerta, que permanecerá em vigor até os próximos dias.
O Inmet destacou a possibilidade de danos significativos, incluindo edificações comprometidas, cortes de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.
A previsão é de chuvas volumosas, podendo atingir valores superiores a 60 mm/h ou 100 mm/dia na região, o que representa uma preocupação adicional, já que em algumas áreas, o volume esperado para o dia se aproxima da média climatológica para todo o mês.
Dados do Inmet revelam a gravidade da situação, especialmente em municípios como Santa Vitória do Palmar, onde é comum registrar 119,2 milímetros de chuva em maio, e Rio Grande, com uma média de 112 milímetros. A previsão de chuvas intensas representa um desafio adicional para estas comunidades.
Além das chuvas, a população também deve estar alerta para rajadas de vento intensas, podendo ultrapassar os 100 km/h, e há o risco iminente de queda de granizo.
Esta região, que escapou em grande parte das chuvas catastróficas da semana passada, que afetaram 336 municípios do estado, enfrenta agora uma situação de emergência devido ao escoamento do Guaíba, causando alagamentos em algumas cidades do Sul do estado banhadas pela Lagoa dos Patos.
Mais de 80 pessoas morreram e cerca de 130 mil estão desabrigadas, de acordo com os dados oficiais. Em visita ao estado, o presidente Lula (PT) afirmou que o governo federal mobiliza neste momento repasses de verbas de emendas para auxiliar nos serviços de ajuda humanitária. O valor pode chegar a R$ 1 bilhão, e depende de autorização da Câmara dos Deputados.