A Controladoria Geral da União (CGU) revelou, nesta terça-feira (18), uma significativa distorção financeira de, aproximadamente, R$ 16 bilhões, nas contas do Ministério da Saúde, durante a gestão do ex-capitão do Exército, Marcelo Queiroga. Essa quantia refere-se, exclusivamente, ao ano passado e abrange diversas áreas da pasta, como transferências fundo a fundo, controle de estoques de medicamentos, patrimônio imobilizado e dívida ativa da Agência Nacional de Saúde (ANS).

As inconsistências descobertas pela CGU também incluem problemas no pagamento de despesas, lançamentos contábeis relacionados a estoques e controle patrimonial. Tais irregularidades foram divulgadas pela coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles, que teve acesso ao relatório da CGU.

A Controladoria Geral da União emitiu uma série de 21 recomendações direcionadas ao Ministério da Saúde, à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e à ANS. Uma das principais orientações destaca a necessidade urgente de corrigir os lançamentos contábeis referentes aos estoques e aprimorar o controle de perdas.

No relatório, a CGU enfatiza que as demonstrações contábeis do Ministério da Saúde não refletem, integralmente, a real situação patrimonial, financeira e econômica da instituição, além de evidenciar que parte das transações realizadas não está em conformidade com as normas vigentes.

Essa descoberta alarmante levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos no Ministério da Saúde, durante o período em que Marcelo Queiroga esteve à frente da pasta. As irregularidades financeiras podem ter impactado, de forma negativa, o funcionamento e o cumprimento das metas do Ministério, especialmente em um momento crítico para a saúde pública.

Ainda não houve um pronunciamento oficial do Ministério da Saúde sobre as descobertas da CGU. No entanto, espera-se que medidas sejam tomadas para investigar as inconsistências identificadas e responsabilizar os envolvidos.