Cerca de 30 países vão acelerar a transição para veículos sem emissões de carbono
O Brasil e os Estados Unidos ainda não assinaram a declaração, mas entre as cidades, está São Paulo
Teca Curio, da Cobertura NINJA na COP26
Na reta final da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que encerra nesta sexta-feira (12), um dos temas mais debatidos foi o uso de combustíveis fósseis e as propostas para a transição de uma alternativa sustentável para o setor de transporte.
Nesta quinta-feira (11), cerca de 30 países e 40 cidades e governos estaduais se comprometeram a acelerar a transição para veículos sem emissões de carbono. A intenção é uma só: atingir os objetivos do Acordo de Paris. As montadoras Ford, General Motors e Daimler prometeram eliminar veículos movidos a combustível fóssil até 2040.
O Brasil e os Estados Unidos ainda não assinaram a declaração. Entre os assumiram o compromisso estão o Reino Unido, Israel, Paraguai, Uruguai, Chile e Dinamarca. Entre as 40 cidades e governos estaduais que vão embarcar, estão São Paulo (Estado), Barcelona, Los Angeles, São Francisco, Califórnia e Nova Iorque.
Além dos esforços de países e montadoras de veículos em criar alternativas sustentáveis, foram discutidos pontos convergentes entre os países e estados para a mudança de hábitos de locomoção, principalmente nas cidades. Incentivar o hábito do uso das bicicletas, a caminhada e o uso mínimo do automóvel pessoal é um dos critérios para criar meios alternativos de locomoção.
Uma das surpresas da COP 26 durante esta última semana de negociações, foi o acordo entre Estados Unidos e a China para intensificar as ambições climáticas de cooperação. Um dos pontos do acordo pede aos governos que “aceleram a eliminação do carvão e os subsídios aos combustíveis fósseis”.
As metas de emissão são menores do que se esperava alcançar nesta reta final. As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) dos países, por exemplo, ficaram aquém do necessário. A projeção é que ainda haverá um aumento de 13,7% nas emissões de gases de efeito estufa até 2030 em uma comparação com 2010. A meta estipulada era cortar 50% das emissões até o final da década.
