Casos de estupro aumentam 13% em São Paulo e são mais de 9,5 mil em 8 meses
No Brasil, 95% das mulheres têm medo de serem vítimas de estupro, crime que provoca ainda mais temor em mulheres jovens e preta
No Brasil, 95% das mulheres têm medo de serem vítimas de estupro, crime que provoca ainda mais temor em mulheres jovens e pretas
A cidade de São Paulo registrou um aumento significativo de 20% nos casos de estupro no acumulado de janeiro a agosto de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta segunda-feira. Um total de 1.982 ocorrências foram registradas neste ano, em comparação com 1.644 no ano anterior.
O estado de São Paulo também testemunhou um aumento nos registros de estupro, com 1.306 casos somente no mês de agosto, o que equivale a uma média de 42 casos por dia. No acumulado do ano, houve um aumento de 13,7%, totalizando 9.554 ocorrências em relação ao período de janeiro a agosto de 2022.
Esses aumentos alarmantes seguem a tendência observada nos números de agosto, que indicaram um crescimento de 21% e 13% nas ocorrências de estupro na capital e no estado, respectivamente.
No entanto, houve uma diminuição notável no número de vítimas de homicídio doloso, com uma queda de 8% na capital (totalizando 323 casos) e 10,1% no estado (com 1.770 vidas perdidas) nos primeiros oito meses do ano. Além disso, as ocorrências desse tipo de crime caíram em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo 1.693 casos em 2023, o menor índice desde 2001.
No Brasil, 95% das mulheres têm medo de serem vítimas de estupro, crime que provoca ainda mais temor em mulheres jovens e pretas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
A pena para o crime de estupro de vulnerável prevista no Código Penal varia de 8 a 15 anos de reclusão. Tramitam no Congresso Projetos de Lei (PLs) que estabelecem o aumento da pena de 10 a 20 anos de prisão nesses casos.